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Pedras preciosas e Rolex, CMPI recupera e-mails de militares

Os 17 mil e-mails estavam na lixeira, e não deram trabalho para a investigação, que pode usar o material que pode comprovar crimes

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August 08, 2023
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Militares que eram auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro, excluíram mais de 17 mil e-mails da caixa de entrada, na esperança de mensagens com ilícitos, não serem descobertas. O que faltou a eles foi lembrar que a lixeira existe e também deveria ter os documentos deletados. 

O Rolex

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, teve acesso aos e-mails, onde foram encontradas mensagens do tenente-coronel Mauro Cid, tentando vender um relógio de luxo, Rolex, por US$60 mil (cerca de R$292 mil). 

O item foi recebido durante uma viagem oficial da presidência, e o militar informou que não possuía certificado para a peça. 

Jair Bolsonaro recebeu o relógio em 2019, durante uma reunião com o rei da Arábia Saudita, e afirma que entregou o Rolex ao Tribunal de Contas da União (TCU), e o tal relógio de Mauro Cid era apenas ‘parecido’. 

Pedras Preciosas 

A CPMI também recuperou e-mails dos militares Adriano Alves Teperino e Osmar Crivelatti, ambos primeiros-tenentes, e Cleiton Holzschuk, segundo-tenente, sobre um pacote e uma caixa, entregues a Bolsonaro e sua esposa, Michelle, contendo pedras preciosas, que não teriam sido cadastradas oficialmente. 

Datada no dia 27 de outubro de 2022, a mensagem foi assinada às 18h21, por Holzschuk, onde está escrito 

“Em 27/10/2022, foi guardado no cofre grande, 01(um) envelope contendo pedras preciosas para o PR (presidente da República) e 01 (uma) caixa de pedras preciosas para a PD (primeira-dama), recebidas em Teófilo Otoni em 26/10/2022. A pedido do TC Cid, as pedras não devem ser cadastradas e devem ser entregues em mão para ele. Demais dúvidas, Sgt Furriel está ciente do assunto” diz o e-mail.

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