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O Movimento Abrace um Museu emitiu uma nota de repúdio contra a colocação de um palco em frente ao Museu da Cidade durante o festival Sou Manaus, Passo a Paço, alegando que essa ação vai contra os objetivos de valorização do centro histórico

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September 05, 2023
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O Movimento Abrace um Museu emitiu uma nota de repúdio contra a colocação de um palco em frente ao Museu da Cidade de Manaus durante a edição deste ano do Sou Manaus, Passo a Paço. De acordo com a entidade, essa ação vai contra os objetivos da lei que rege o festival, que tem como um de seus propósitos a valorização do centro histórico.

Em edições anteriores do evento, o Museu da Cidade ficou aberto para o público, permitindo que as pessoas visitassem o local e fizessem registros fotográficos na entrada do museu. No entanto, com a colocação do palco em frente à fachada do museu, o público não terá acesso à entrada principal do museu durante o festival, que ocorre das 16h às 22h.

O Movimento Abrace um Museu também expressou preocupação com o uso indevido de uma janela como via de passagem (escada) para o palco montado em frente ao museu. Essa utilização representa um risco para a estrutura do edifício, comprometendo sua estabilidade e originalidade arquitetônica.

Além disso, a entidade destaca que essa intervenção desrespeita as normativas e diretrizes estabelecidas pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) para a conservação de bens culturais. O IPHAN possui diretrizes rigorosas que devem ser seguidas para qualquer intervenção em edifícios patrimoniais, a fim de garantir a preservação de sua autenticidade e valor cultural.

A janela utilizada como via de acesso ao palco também levanta preocupações relacionadas à segurança das pessoas, podendo causar incidentes. Além disso, a instalação da escada na janela pode resultar em riscos de patologias na edificação, como trincas e fissuras, comprometendo o prédio histórico.

O Museu da Cidade de Manaus está localizado em uma área tombada pelo IPHAN desde 2010 e também é uma área tombada pela Lei Orgânica de Manaus de 1990, o que ressalta a importância de preservar seu patrimônio histórico e cultural.

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