O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, incluiu nesta sexta-feira (17), junto ao governador Wilson Lima, o Amazonas entre os estados participantes do Plano Brasil Sem Fome. Mais de R$170 milhões são destinados para programas relacionados à segurança alimentar no estado.
Com propostas sobre a vulnerabilidade alimentar no Amazonas, o ministro Wellington Dias listou eixos específicos para incluir o estado nos planos do ministério, como a redução da pobreza, valorização do bolsa família e programas alimentares como Prato Cheio, efetivado pelo Governo do Amazonas.
“Nós tivemos quatro importantes atos, a assinatura do compromisso do Plano Brasil Sem Fome, integrado ao Governo Federal, Municipal e Estadual. Também estamos fazendo um ato especial em razão da seca, mas também com outros estados afetados pela estiagem e estamos adiantando o pagamento do Bolsa Família, para hoje, para os municípios afetados. Liberamos 176 milhões de reais ao Programa de Aquisição de Alimentos e também, os municípios e as entidades, pela Conab, iremos permitir compra de alimentos de quem produz e repasse para quem precisa e será levado ao Prato Cheio”, diz Dias.
Uma das medidas é o adiantamento do Bolsa Família para 55 municípios do Amazonas, com intuito de atender 620 mil famílias que dependem do recurso, somando cerca de 447 milhões.
Outras medidas levantadas pelas autoridades são: a necessidade de geração de emprego, incentivo ao empreendedorismo, dignidade de moradia e amparo a agricultores familiares e pescadores, que são os principais afetados pela estiagem histórica no Amazonas.
O governador Wilson Lima disse que o estado tem trabalho dobrado para resolver esses problemas, devido às questões geopolíticas.
“Nesse momento que o Brasil retoma com toda força os cuidados de combate à pobreza, aqui no Amazonas é um cuidado dobrado, por conta da logística e da falta de serviços que são essenciais e básicos, que comprometem a qualidade de vida desses moradores”.
BR-319
Mesmo após o presidente do Ibama ter destacado que a construção da BR-319 depende do Ministério dos Transportes, por meio do Dnit e também da Casa Civil, não unicamente do Ministério do Meio Ambiente e outros, o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Roberto Cidade, lançou cobranças ao presidente Lula sobre a pavimentação da rodovia e afirmou que o estado depende dessa construção.
“Precisamos que a BR-319 saia do papel urgente e nos tire do isolamento. Este mês, vimos cair a arrecadação por causa da falta de insumos, que não conseguiram ser trazidos para nossas indústrias com a falta de navegabilidade dos rios. Dependemos da Zona Franca para a nossa arrecadação”, disse.
Em outro evento, o governador Wilson Lima chegou a cobrar o presidente Lula pela pavimentação da Rodovia, afirmando que a BR-319 era um desafio comum ao problema da covid-19 e da estiagem, se isentando das cobranças populares referentes à fumaça e queimadas no estado e até sobre os problemas de oxigênio ligados ao seu governo durante a pandemia.
*Com colaboração de Danielly Azulay