A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro aprovou 57 requerimentos em uma reunião recente, incluindo a convocação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, e a quebra do sigilo telefônico e telemático da deputada Carla Zambelli (PL-SP).
A decisão de convocar Mauro Cid e quebrar o sigilo de Zambelli baseou-se nas informações fornecidas pelo hacker Walter Delgatti Neto à CPMI em 17 de agosto.
Embora o presidente da CPMI, deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA), tenha afirmado que a pauta foi fruto de acordo, a oposição expressou preocupações quanto à desproporcionalidade dos requerimentos aprovados a favor do governo. O senador Marcos Rogério (PL-RO) destacou que, dos 57 requerimentos aprovados, 51 eram da relatora e da base governista, enquanto apenas 6 eram da oposição.
A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), apresentou a maioria dos requerimentos aprovados. O deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA) observou que, dos requerimentos aprovados, apenas cinco foram de parlamentares da base governista, ressaltando a liderança da relatora na condução da investigação.
O presidente Arthur Oliveira Maia se comprometeu a trabalhar para incluir e aprovar requerimentos da oposição, mas também destacou a proporção de membros da base governista e da oposição na comissão. Ele planeja se reunir com lideranças de ambos os lados para construir uma pauta definitiva até 17 de outubro, data em que pretende apresentar o relatório final da CPMI. Devido a feriados, restam apenas nove reuniões do colegiado para ouvir testemunhas e concluir os trabalhos.