Aécio Neves, atualmente Deputado Federal, foi absolvido pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), no processo em que foi denunciado por corrupção passiva. A decisão veio por unanimidade, e avaliava ilegalidade no valor de R$ 2 milhões repassados a ele, pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS.
Joesley afirmou em 2017, que o valor repassado era propina, pedida pelo político (à época senador) e sua irmã, Andreia Neves, em troca de apoio e influencia dentro do Senador, a favor da JBS.
A defesa alegou que os dois milhões, na verdade, se tratavam de um adiantamento de negociação imobiliária entre as partes. Uma casa avaliada em R$ 20 milhões, pertencente a família Neves, foi oferecida ao dono da JBS, que se interessou e teria realizado a transação.
Entenda a decisão
A investigação prosseguiu e, junto a esse argumento, os juízes informaram que a gravação apresentada por Joesley na delação, onde falava sobre as tratativas com Aécio, foram forjadas com apoio, inclusive, de membros do ministério público.
Com isso, os desembargadores afirmaram que o dinheiro não teve origem em ações ilegais, mas comerciais.
Outros casos
Em 2022, um processo contra Aécio foi arquivado, que investigava participação num esquema de corrupção de R$ milhões, em acordos com a empresa Odebrecht e Andrade Gutierrez.
Uma investigação sobre suposto caixa dois, nas eleições de 2014, também foi arquivado, em 2021.
O ministro Gilmar Mendes, em 2018, também arquivou o processo que investigava Aécio por suspeita de arquitetar fatos ilícitos de políticos do PSDB, para ocultar envolvimento de membros do partido com o Banco Rural durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios.