Apesar das cobranças dos profissionais da rede municipal de Manaus, o reajuste inflacionário de 3,69% da categoria, segue sem ser votado na Câmara Municipal de Manaus (CMM). Os professores, nesta quarta-feira (22), aguardavam que os vereadores apreciassem a matéria, mas um impasse resultou no adiamento do PL para a próxima semana.
“Mais uma vez o projeto não foi colocado em votação e mais uma mentira do prefeito David Almeida foi desmascarada. O líder do Prefeito na Câmara, Vereador Eduardo Alfaia, disse que, antes de votar o projeto do reajuste salarial, é necessário votar a alteração na Lei Orçamentária, para modificar o índice do IBGE, de INPC para IPCA. Essa mudança do índice do IBGE foi uma grande vitória da Categoria e do AspromSindical, junto com os vereadores da oposição, que não aceitaram o INPC que o Prefeito tentou empurrar " de goela abaixo" nos Professores”, explicou o diretor jurídico da Asprom, Lambert Melo.
O líder do prefeito na Casa Legislativa, vereador Eduardo Alfaia (Avante), por outro lado, nega que a base tenha agido contra a classe de professores. “Não houve curvamento da base ou a base atentou contra os profissionais da educação. A matéria está aqui desde de segunda-feira, já foi protocolada e na próxima segunda (27) já deve estar em pauta”, disse Alfaia.
Mesmo favorável à classe, o vereador Rodrigo Guedes (Progressistas) explica que a alteração na Lei Orçamentária é crucial para que a recomposição salarial seja concedida aos professores.
“Para ser aprovado o índice mais favorável, a gente precisa aprovar outro PL que o prefeito enviou. Não acho que seja uma forma de atrasar, porque a base defendia que não dava para conceder mais. Como nós lutamos, junto com os servidores, o prefeito teve que voltar atrás”, disse o vereador.
A proposta inicial do Executivo, no entanto, era ceder 1,25% de reajuste salarial aos professores, mas após uma série de reclamações da classe, no último dia 10 de maio, a secretária de Educação, Dulce Almeida, informou que a Prefeitura de Manaus utilizaria o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo para pagar a data-base dos trabalhadores da Educação.