Em meio ao debate nacional sobre a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) contra o fim da escala 6×1, nesta quarta-feira (13), a sessão na Câmara Municipal de Manaus (CMM) não foi iniciada devido à falta de 31 vereadores. De acordo com a CMM, apenas 10 compareceram ao plenário.
Sem alcançar a presença mínima do parlamento de 13 vereadores, a sessão foi encerrada pelo presidente da Mesa Diretora da Casa, Caio André (União Brasil).
O descaso gerou revolta entre os próprios parlamentares que estavam presentes. Para o vereador Rodrigo Guedes (Progressistas), um dos dez que compareceram ao plenário, a ausência dos colegas é considerada “um verdadeiro desrespeito com a população manauara”.
“Enquanto o país inteiro debate a escala trabalhista de 6×1, os vereadores de Manaus se negaram a aparecer no terceiro dia de trabalho dessa semana. Isso é um desrespeito total”, declarou.
Nas redes sociais, o vereador Capitão Carpê (PL) também expressou indignação com a falta de quórum na Câmara. “Enquanto no Brasil estão discutindo sobre o fim da escala 6×1, a sessão de hoje da Câmara Municipal foi cancelada por falta de vereadores”, afirmou o vereador. No vídeo, gravado no plenário, ainda reforçou: “Olha que absurdo! Sendo que são apenas três dias na semana – segunda, terça e quarta -, e infelizmente não vieram. […] É lamentável”. Porém, o nome do parlamentar não consta no registro de presença da data de ontem (13), disponibilizado pela Câmara Municipal de Manaus.
Questionado pelo Diário da Capital sobre o motivo do não registro de comparecimento, Carpê afirmou que estava presente na Câmara e não registrou presença, pois a sessão foi cancelada antes que o parlamentar acessasse o registro em sua bancada.
Já o vereador Sassá da Construção (PT) reforçou que os parlamentares precisam dar exemplo à população.
“Eu acho que nós temos que dar bom exemplo para essa casa. Porque dizer que todo mundo tem que trabalhar igual, todo mundo recebe igual. Todo dia eu tô aqui no meu batente, batendo ponto… […] mas a minha parte eu fiz”, disse Sassá nas redes sociais.
As sessões acontecem de segunda a quarta e são abertas para acompanhamento. No plenário é definido o futuro do município, a partir de debates sobre questões sociais e da cidade, além de votar projetos de lei dos vereadores.
