Durante a sessão plenária desta terça-feira (27) na Câmara Municipal de Manaus (CMM), a vereadora Professora Jacqueline (União Brasil) iniciou a plenária expondo que a Prefeitura estaria utilizando gestores de escolas para benefício eleitoreiro, além de casos de perseguição política.
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Confirmando a fala da colega, o vereador Bessa (Solidariedade) disse que se houvessem essas irregularidades, eles iriam denunciar. “Sabemos que tem ações veladas dentro das escolas. Já temos muitos vídeos, temos amigos de diretores e professores coagidos para trabalhar em ações de determinados vereadores”.
Em complemento, o vereador Everton Assis, colega de partido da Professora, diz também ter depoimentos sobre os casos e que iria conversar com a parlamentar. “Para que a gente possa juntar isso e fazer uma denuncia no Ministério Público, porque tem até aúdio coagindo os gestores”.
Após a fala dos colegas, o vereador Raulzinho (PSDB) lançou acusações à vereadora Professora Jacqueline, alegando que “todas as escolas da comunidade do Multirão e Novo Aleixo eram obrigadas a ajudar vossa excelência”. Durante sua fala, o vereador repetiu a mesma frase várias vezes, deixando os colegas de plenário exaltados, e o presidente da Câmara Municipal, Caio André (Podemos), em uma saia justa, tentando manter a ordem na casa.
“O senhor me respeite. Com todo o respeito ao senhor, dizer que uma diretora foi tirada, Juracy Magalhães, não sei nem onde é que fica, porque eu mandei, não seja leviano. O senhor vai ter que provar isso, o senhor vai ter que provar”, disse a vereadora em resposta.
Em defesa de Jacqueline, o parlamentar Jaildo Oliveira (PCdoB) falou diretamente à Raulzinho. “Se quiser desrespeitar, que comigo o negócio é diferente. Tá bom? Respeite as mulheres! Senhor presidente, deixa eu falar aqui: se quiser conversar lá fora, a gente conversa!”.
Raulzinho não aguentou a pressão e teve que ser atendido pela equipe médica durante a sessão parlamentar.