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Vereadores das CMM criticam apatia de deputados 

As abordagens, por outro lado, deixam em evidência os resquícios de como o pleito eleitoral repercute na Casa Legislativa

Escrito por
Rhyvia Araujo
May 14, 2024
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Foto: Reprodução/CMM

Os vereadores da base aliada de David Almeida (Avante) iniciaram nesta terça-feira, 14, uma série de justificativas para apontar os culpados pelo caos da Saúde no Estado. O grupo de parlamentares responsabilizaram as falhas do setor ao Governo do Estado, além de criticar a falta de posicionamento dos Deputados Estaduais da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALEAM). 

Já a oposição é firme em relacionar o prefeito como um dos responsáveis pela atual situação da saúde. As abordagens, por outro lado, deixam em evidência os resquícios de como o pleito eleitoral repercute na Casa Legislativa.

Ao tentar chamar atenção do governador Wilson Lima (União Brasil), o vereador Dione Carvalho (Agir), ponderou que os parlamentares da Casa têm o dever de supervisionar as unidades de saúde, mesmo que o trabalho seja função dos Deputados Estaduais. “Os pronto-socorros das crianças, os SPAS, superlotados. Clamo ao governador, mais uma vez, para que ele possa nos dar uma resposta cabível, alguns chegam de manhã e só saem de noite. É uma burocracia! Como fica a população? Não podemos deixar que isso aconteça, nós somos vereadores da cidade de Manaus. ‘Ah, vereador, mas é divergência de competência? Na na ni na não! Temos atribuições de fiscalizar as unidades de Manaus”, disse Carvalho.

Competência, no entanto, parece não ser uma questão a ser discutida. Ao engrandecer Anoar Samad, ex-secretário de saúde do Estado, o vereador Mitoso (MDB), disse em tom de confronto, que os parlamentares não devem se abster do que é discutido na Aleam.

 

“A saúde, infelizmente, tá um caos. Um grande secretário pediu demissão, médico renomado, porque não suportou as condições que está a saúde do nosso Estado. Não há essa desculpa de que não compete ao vereador discutir assuntos inerentes ao Estado. As competências logicamente cada um tem. Se não discutem na Aleam o problema não é nosso, tem vereadores que só falam da prefeitura, mas nós devemos discutir as coisas da cidade, com competências seja do Executivo Estadual ou Federal!”, exclamou Mitoso.

O líder do prefeito na CMM, vereador Raulzinho (MDB), completou ainda que a saúde básica do município cumpre com os requisitos de atender a população. “O usuário é atendido na UBS e ele vai para o Sisreg, quando chega lá estagna! É o sisreg da morte! O Estado não tem condições, não atende a demanda, ficam esperando por cirurgia há 3 anos, tem gente que quando recebe a ligação já até morreu. A saúde básica faz sua parte, mas quando chega na saúde de alta complexidade as pessoas vão para a fila da morte”, explicou.

Lissandro Breval (PP), no entanto, alega que no município também há falta de médicos, demora de consultas, além de longas filas para atendimentos. “Acabei de receber uma denúncia de que a UBS do Mauazinho está há meses sem dentista, uma agenda com um médico leva quatro meses, ora isso é tá em 1 lugar na saúde?”, perguntou Lissandro.

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