O arcebispo italiano Carlo Maria Viganò, conhecido por suas críticas ao Papa Francisco, foi excomungado da Igreja Católica nesta sexta-feira (05). A decisão foi anunciada pelo Vaticano, motivada pela negação contínua de Viganò em reconhecer a autoridade do sumo pontífice.
De acordo com um comunicado divulgado no site Vatican News, “em diversas ocasiões, nos últimos anos, o ex-núncio [representante da Igreja Católica] nos EUA declarou que não reconhecia a legitimidade do Papa e do último Concílio. Incorre-se na excomunhão latae sententiae pelo próprio fato de ter cometido o delito”. A excomunhão latae sententiae é uma penalidade automática aplicada pela própria ação cometida.
Viganò, um crítico fervoroso de Francisco, já havia acusado o Papa de saber sobre crimes sexuais ocorridos dentro da Igreja Católica sem tomar as devidas providências. No entanto, o arcebispo nunca apresentou provas concretas dessas acusações.
Em dezembro de 2023, Viganò voltou a atacar Francisco após o pontífice permitir a bênção para casais homossexuais. Na época, Viganò publicou uma declaração na qual se referia ao Papa como um “servo de Satanás” e “usurpador sentado no trono de Pedro”.