A empresa Vale entrou com recurso contra a decisão que determina a proteção da toca paleotoca de uma preguiça-gigante localizada em Belo Horizonte. Em junho, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) reconheceu o valor cultural do sítio arqueológico e ordenou que a região fosse protegida.
A toca paleotoca, situada no Distrito Espeleológico Serra do Gandarela, em Caeté, Belo Horizonte, possui aproximadamente 340 metros de comprimento. Acredita-se que tenha sido construída por preguiças-gigantes há pelo menos 10 mil anos. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) está elaborando uma resposta ao recurso apresentado pela empresa.
A decisão da juíza Grazziela Maria de Queiroz Franco Peixoto, em junho, acatou o pedido do MPMG e determinou que tanto a empresa Vale quanto o estado de Minas Gerais protegessem a região, impedindo qualquer ato que pudesse levar à destruição, inutilização ou deterioração da área.
A paleotoca de Caeté apresenta túneis, salões escavados e ranhuras compatíveis com as características das preguiças-gigantes de dois dedos. Segundo informações do MPMG, é considerada a única caverna conhecida em todo o estado de Minas. Atualmente, cerca de 40 hectares em torno da toca estão protegidos, de acordo com a mineradora Vale.