O titular da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), Daniel Borges, reuniu-se na quinta-feira (22) com o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, para tratar sobre a exportação de peixes ornamentais no Amazonas.
Durante a reunião, Borges comentou as dificuldades enfrentadas pelos piabeiros de Barcelos na exportação de peixes ornamentais travados em Guarulhos, São Paulo. A demanda foi apresentada pela Associação de Exportadores de Peixes Ornamentais do Estado do Amazonas (Adepoam) e Instituto Piaba, que solicitaram apoio urgente para a retomada das exportações e reabertura da fiscalização no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, para exportação direta dos peixes ornamentais.
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"Apontamos alguns encaminhamentos para amenizar as dificuldades dos pescadores, visando o fortalecimento da atividade e a exportação dos peixes ornamentais, principal fonte de vida das comunidades ribeirinhas daquela região", destacou o titular da Sepror.
Segundo as instituições, o transporte dos peixes para Guarulhos tem causado problemas de qualidade, pois os peixes ficam um dia a mais sem se alimentar, resultando em altos índices de mortandade. Antigamente, a fiscalização do Ibama era realizada em Manaus, mas atualmente está sendo feita em Guarulhos.
Desde 2022, quando o Aeroporto de Manaus deixou de ser designado pelo Ibama como ponto de despacho aduaneiro para exportações, o setor vem enfrentando desafios como atrasos na análise de exportações, tempo de trânsito prolongado, aumento dos custos de fretes e perda de mercado.
A pesca ornamental é realizada em mais de 20 municípios no estado do Amazonas, sendo a maior contribuição de peixes ornamentais oriunda da calha do Rio Negro, principalmente dos municípios de Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro. As principais espécies cultivadas no Amazonas são cardinais, coridoras, bodós, lápis, xadrez e acará-disco, com os países que mais compram sendo Alemanha e Estados Unidos.