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Taxa de desemprego no Brasil cai para 6,8% e alcança melhor nível em 10 anos

Esse é o menor índice para um trimestre encerrado em julho desde 2014.

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Redação
August 31, 2024
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Foto: Agência Brasília / Internet

A taxa de desemprego no Brasil registrou uma nova queda, alcançando 6,8% no trimestre encerrado em julho de 2024, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada na sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o menor índice para um trimestre encerrado em julho desde 2014, quando a taxa foi de 7%.

O resultado reflete uma melhora contínua no mercado de trabalho brasileiro. Em comparação ao trimestre anterior, que fechou em abril, a taxa de desocupação recuou 0,7 ponto percentual (p.p.), passando de 7,5% para 6,8%. Na comparação com o mesmo período de 2023, a queda foi ainda maior, de 1,1 p.p.

O número de pessoas desocupadas também sofreu uma redução significativa, caindo 9,5% em relação ao trimestre anterior, o que representa cerca de 7,4 milhões de pessoas em busca de emprego. Comparado ao mesmo trimestre de 2023, a queda foi de 12,8%.

Por outro lado, a população ocupada atingiu um novo recorde, com 102 milhões de brasileiros empregados — um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 2,7% em relação ao mesmo período do ano passado, adicionando 2,7 milhões de pessoas ao mercado de trabalho.

Entre os destaques do levantamento, o IBGE apontou que o número de empregados com carteira assinada atingiu 38,5 milhões, o maior patamar já registrado na série histórica iniciada em 2012. Já os empregados sem carteira assinada somaram 13,9 milhões, também um recorde. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelo setor de Comércio, que registrou um aumento de 1,9% no número de trabalhadores, com 368 mil novos empregos.

Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, destacou a importância da expansão do consumo das famílias, alimentada pela melhoria na renda do trabalho, como um fator-chave para a geração de novos postos de trabalho.

“O mercado de trabalho gera demanda para si próprio”, afirmou.

O rendimento real habitual dos trabalhadores se manteve estável em R$ 3.206 no trimestre, mas apresentou crescimento de 4,8% na comparação anual. A massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 322,4 bilhões, com ganhos de 1,9% em relação ao trimestre anterior e de 7,9% em comparação com o mesmo trimestre do ano passado.

A taxa de subutilização da força de trabalho, que inclui pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas e a força de trabalho potencial, também mostrou uma tendência de queda, atingindo 16,2%, o menor nível desde 2014. O contingente de pessoas desalentadas caiu para 3,2 milhões, também o menor desde 2016.

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