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Surto de mpox no Congo alcança 18 mil casos, informa OMS

Mais de 5 mil casos e 31 mortes ocorreram nas províncias de Kivu do Norte e Kivu do Sul.

Escrito por
Redação
September 01, 2024
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Foto: Divulgação

A República Democrática do Congo (RDC) registrou, ao longo de 2024, cerca de 18 mil ocorrências prováveis ou suspeitas de mpox, resultando em 629 mortes, conforme notificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Dentre esses, mais de 5 mil casos e 31 mortes ocorreram nas províncias de Kivu do Norte e Kivu do Sul, regiões onde a nova variante 1b do vírus foi identificada.

Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (30) em Genebra, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou preocupação com o aumento rápido dos casos da nova variante, embora tenha destacado que as mortes vêm diminuindo nas últimas semanas. “O número de casos reportado da nova variante vem aumentando rapidamente há diversas semanas. Felizmente, relativamente poucas mortes foram registradas ao longo das últimas semanas”, afirmou Tedros.

Além da RDC, a variante 1b foi confirmada em 258 casos no Burundi, quatro em Ruanda, quatro na Uganda, dois no Quênia e, pela primeira vez fora do continente africano, um caso na Suécia e um na Tailândia. “Também seguimos preocupados com surtos da variante 1a [mais antiga] em outras partes da RDC”, disse o diretor-geral da OMS.

Em resposta ao surto, Tedros informou que a OMS está mobilizando esforços para acelerar o acesso e a entrega de vacinas contra a mpox na RDC e nos países vizinhos que enfrentam surtos. Duas vacinas que previnem a doença já foram submetidas à OMS para uso emergencial, e a entidade está analisando a documentação com urgência. “A segurança e a eficácia das vacinas são nossas prioridades mais altas. Não pegaremos nenhum atalho”, garantiu Tedros.

O diretor-geral também destacou que, embora a necessidade de autorização da OMS para uso emergencial seja uma exigência para compradores de vacinas em países de baixa renda, como Gavi e Unicef, essa exigência não é um impedimento na RDC, onde as vacinas contra a mpox foram aprovadas pela agência reguladora local em junho deste ano.

Além da vacinação, a OMS solicitou aos fabricantes de testes para diagnóstico de mpox que submetessem pedidos de uso emergencial. Na quinta-feira (29), a organização recebeu a primeira manifestação de interesse, marcando um passo importante no combate à doença.

Tedros ressaltou que, embora as vacinas sejam uma ferramenta poderosa, elas não são a única solução para a mpox. Ele enfatizou a necessidade de uma resposta política para a insegurança na região leste da RDC, onde o surto da nova variante ocorre em uma das áreas mais pobres e perigosas do país.

Em um encontro recente com o presidente da RDC, Félix Tshisekedi, foi prometida uma contribuição de US$ 10 milhões para combater o surto, além da ampliação da vacinação contra outras doenças, como pólio, sarampo e malária. A OMS segue colaborando com parceiros globais e locais para coordenar os esforços de pesquisa e desenvolvimento de vacinas, testes e medicamentos para conter a propagação da mpox.

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