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Silvio Almeida se defende após ser demitido; Ministra Anielle Franco também publica nota

Ex-ministro dos Direitos Humanos afirma que busca provar sua inocência e reforça compromisso com as vítimas de violência.

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Redação
September 07, 2024
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Foto: Internet

Na noite desta sexta-feira (6), o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, emitiram notas oficiais em resposta à crise gerada pelas denúncias de assédio sexual contra Almeida, que resultaram em sua demissão. O caso, que mobilizou o governo, está sendo investigado pela Comissão de Ética da Presidência da República, com a Polícia Federal abrindo um inquérito e a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitando esclarecimentos.

Em sua nota, Anielle Franco destacou a importância de focar na gravidade das denúncias, evitando desqualificar as vítimas, e reafirmou seu compromisso com a defesa das mulheres e das pessoas negras em posições de poder.

Silvio Almeida, por sua vez, declarou que é o maior interessado em provar sua inocência. Ele explicou que pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser exonerado, com o objetivo de permitir investigações isentas e rigorosas. Almeida afirmou que as apurações devem acolher e respaldar qualquer vítima de violência, reforçando a necessidade de transparência e justiça.

Em seu comunicado, Almeida também ressaltou as conquistas durante seu tempo à frente do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, mencionando que sua saída não deve prejudicar o progresso alcançado na proteção de grupos vulneráveis. Ele se comprometeu a apoiar investigações criteriosas para que os fatos sejam devidamente esclarecidos e assegurou que a denúncia é o primeiro passo para responsabilizar judicialmente os agressores.

A organização Me Too Brasil confirmou na quinta-feira (5) que recebeu denúncias de assédio sexual contra Almeida por meio de seus canais de atendimento, oferecendo suporte psicológico e jurídico às vítimas. O caso ganhou repercussão na mídia após relatos de dificuldades enfrentadas pelas vítimas para obter apoio institucional, situação comum quando os acusados ocupam posições de poder.

Além das denúncias de assédio sexual, a CNN apurou que pelo menos quatro casos de assédio moral também foram registrados contra o ex-ministro. Almeida, em resposta, repudiou as acusações, classificando-as como mentiras sem fundamento e alegou que o objetivo das denúncias seria prejudicar sua trajetória futura.

O governo considerou a situação insustentável, levando à decisão de demitir o ex-ministro. As investigações seguem em andamento, com a expectativa de que os fatos sejam esclarecidos no decorrer do processo legal.

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