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Sete municípios do AM recebem inspeção da Defesa Civil em áreas de risco 

Órgão atende demandas de prefeituras diante de sinais de comprometimento estrutural em instalações fluviais.

Escrito por
Redação
November 26, 2024
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Foto: Lucas Monteiro/Defesa Civil AM 

Atendendo a pedidos das prefeituras e autoridades locais, a Defesa Civil do Amazonas intensifica, desde outubro, vistorias técnicas em portos e áreas de risco em diversos municípios do estado. As inspeções aconteceram após o surgimento de rachaduras e erosões em estruturas portuárias e margens fluviais, que podem comprometer a segurança de populações que dependem dessas instalações.

No dia 7 de outubro deste ano, o porto de Manacapuru, na Região Metropolitana de Manaus, desabou e teve a estrutura engolida pela terra, numa proporção que abrange a maior parte da área portuária. De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB), o acidente foi provocado pelo fenômeno de “terras caídas”. O relatório também apontou uma combinação entre a seca extrema na região e intervenções humanas, provocando fragilidade no solo. A tragédia ocorreu às margens do rio Solimões e deixou duas vítimas fatais. 

Entre os municípios visitados pelas equipes técnicas da Defesa Civil estão Parintins, Anamã, Codajás, Beruri, Autazes, São Paulo de Olivença e Boa Vista do Ramos. Os profissionais analisaram características do solo, estabilidade das margens e danos estruturais, em busca de riscos que possam causar deslizamentos ou acidentes. O laudo técnico emitido pelo órgão estadual servirá de base para a tomada de decisões locais, permitindo ações imediatas para mitigar os riscos e proteger a população. 

“Essas vistorias são respostas diretas às demandas dos municípios. A análise técnica permite identificar os problemas e elaborar um laudo com orientações para que as prefeituras possam agir preventivamente e corrigir os danos”, explicou a engenheira da Defesa Civil do Amazonas, Jessyca Lever.

Foto: Lucas Monteiro/Defesa Civil AM 

O Amazonas enfrenta ciclos de enchentes e vazantes intensos, como os registrados nos últimos anos, que colocam pressão adicional sobre as estruturas portuárias. 

“Nosso trabalho é avaliar os danos, identificar riscos e fornecer informações técnicas para os municípios, que são responsáveis pela primeira resposta”, destacou o major Guilherme Sampaio, coordenador de Gestão de Risco da Defesa Civil.

Terras Caídas em Manacapuru

Para o trabalho, o SGB vistoriou, entre 8 e 10 de outubro, a área do Porto da Terra Preta, também conhecido como Porto do Zé Maria, situada ao lado do Terminal Hidroviário do município. O relatório aponta uma combinação entre a seca extrema que afeta a região, fenômeno de terras caídas e intervenções humanas, provocando fragilidade no solo. 

“Os fatores que levaram à ruptura do terreno foram: localização do porto na margem erosiva, onde o Rio Solimões faz a curva, bem em frente à área de deslizamento; presença de minas d’água na base do talude, saturando o solo; aterro lançado sobre os solos instáveis da margem do Rio Solimões, cuja sobrecarga pode ter contribuído para sua desestabilização, somado à descida rápida (e acima da média) do nível d’água, para o período de vazante recorde”, indica o documento.

Para o órgão, o estudo é essencial para informar sobre a ocorrência do fenômeno na região e orientar gestores públicos para ações preventivas. 

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