Conforme analisado no boletim epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas - Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), o primeiro semestre de 2023 apresentou um alto número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com um total de sete óbitos, dos quais todas as vítimas tinham idade entre 0 e 14 anos.

O gráfico mostra uma elevação maior em relação ao mesmo período de 2022, entre as semanas 8 e 29. A principal diferença é que, no ano anterior, ainda havia muitos registros de infecção por Covid-19, o que já não foi tão marcante em 2023.
É possível ver ainda que nas primeiras semanas de 2022 houve poucos casos de SRAG por influenza ou em investigação, o contrário deste ano, onde os acometimentos por influenza foram altos, assim como os em investigação.
Em nota, a FVS informou que os óbitos contabilizados como SRAG estavam em alguma linha atestada pelo médico na Declaração de Óbito. “A FVS-RCP acrescenta ainda que os óbitos por SRAG estão sempre associados a outras causas, não podendo a SRAG ser causa básica de óbito.”
A fundação, no entanto, não especificou quais seriam essas causas, por que ocorreram especificamente em crianças e em quais regiões do Amazonas ocorreram, informando apenas que “os dados foram consolidados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde”, no entanto o site em questão apresenta erro ao ser acessado.
SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE
A SRAG é uma lesão nos pequenos sacos de ar dentro dos pulmões, chamados de “alvéolos”, onde ocorre a oxigenação do sangue. A síndrome causa inflamação e acúmulo de líquido no pulmão, prejudicando também todos os órgãos do corpo.
Ela pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e diversas doenças. Os principais sintomas são desconforto respiratório, pressão no tórax, coloração azulada dos lábios ou rosto, entre outros. Ao sentir esses indícios, o paciente deve imediatamente procurar um médico.