Com o mundo em meio à crise climática e a busca por fontes de energia mais limpa e sustentável, a exploração de petróleo na Margem Equatorial, incluindo a região da Foz do Amazonas, tem gerado intensos debates técnicos, científicos, políticos e ambientais. Para discutir esses temas, o Museu Paraense Emílio Goeldi e o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP) realizarão, na próxima quinta-feira (23), um seminário híbrido intitulado "A Foz do Amazonas: pesquisas, conservação e futuro".
PROGRAMAÇÃO E PARTICIPAÇÃO
O seminário ocorrerá ao longo de todo o dia 23, com apresentações presenciais no Auditório Paulo Cavalcante, no Campus de Pesquisa do Museu Goeldi, em Belém-PA, e transmissões ao vivo pelos canais das instituições no YouTube. Especialistas, pesquisadores e representantes de diversos órgãos, incluindo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Ibama, Semas, ANA, universidades e institutos dos estados do Amapá e Pará, discutirão temas como o meio físico, biótico, uso dos recursos naturais, sociobiodiversidade e áreas protegidas na região.
TEMAS ABORDADOS
O evento está estruturado em dois eixos principais que cobrem áreas de pesquisa e proteção, buscando conectar e aproximar os grupos e profissionais que atuam na bacia. Serão apresentados estudos sobre a diversidade zoológica e botânica do estuário, as populações tradicionais, ocupações humanas e uso da terra, atividades produtivas, levantamentos oceanográficos e sensibilidade a derramamentos de óleo, entre outros.
EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO
A Petrobras planeja investir US$ 3,1 bilhões para a perfuração de 16 poços na Margem Equatorial entre 2024 e 2028, incluindo um projeto na Foz do Amazonas, que depende de licença do Ibama. A exploração na região traz à tona discussões sobre a biodiversidade e os impactos ambientais, temas centrais do seminário.
HOMENAGEM
O evento também homenageará o cientista Ennio Candotti (1952-2023), idealizador do Museu da Amazônia (MUSA) e defensor da criação de um instituto federal dedicado à região.
Para mais detalhes e para acompanhar o seminário ao vivo, acesse o canal do Museu Goeldi no YouTube.