<p>Com o nome de IETÉ, palavra de origem tupi, que significa "todas as águas, águas verdadeiras", o projeto da SAMSUNG com INPA/MCTI consiste em realizar pesquisas nas águas da bacia hidrográfica, no bairro Educandos. E tem por objetivo "implantar uma rede de monitoramento ambiental integrada, com focos na gestão de resíduos de efluentes da Bacia Hidrográfica do bairro.</p>
<p>O Projeto, que teve início em 2019, deverá ser concluído em maio deste ano. </p>
<p>A meta consiste em gerar e disseminar, por meio de estudos científicos, conhecimentos, tecnologias e promover a capacitação de recursos humanos para o manejo sustentável das águas da bacia. </p>
<p>A pesquisa e o projeto têm por base técnica estudos dos pesquisadores do INPA Sávio José Filgueiras Ferreira, Márcio Luiz da Silva e Domitila Paschoalotto, autores e organizadores do livro "Amazônia das Águas - Qualidade, Ecologia e Educação Ambiental", 2016</p>
<p>De acordo com o colunista do portal Amazônia, Osíris M. Araújo da Silva, </p>
<p>A parceria com a Samsung, empresa que tem tradição mundial de investimentos em biotecnologias na Coreia do Sul e outras regiões do mundo, consolidou-se a partir da necessidade de implantação de um sistema integrado de monitoramento para avaliar a magnitude das taxas de recarga na bacia hidrográfica do Educandos.</p>
<p>O Projeto IETÉ leva em conta que, na região da pesquisa, há seguros indicativos de rebaixamento do nível de água do aquífero, basicamente como resultado da existência de centenas de poços profundos e rasos, somados à carência de saneamento básico nas áreas urbanas circundantes.</p>
<p> Nessa região proliferam-se, basicamente, "habitações com grande quantidade de fossas e poços construídos sem os mínimos requisitos de proteção sanitária, o que leva, inevitavelmente, à necessidade de recarga artificial do aquífero local, uma alternativa rápida e eficiente para manter ou elevar o volume de água subterrânea de qualidade".</p>
<p>De acordo com Márcio Silva, "o projeto IETÉ, por seu pioneirismo, empenha-se em buscar alternativas científicas e tecnológicas (adequadas, legais e seguras) para, de certa forma, compensar o meio ambiente hídrico, mesmo que parcialmente, com o retorno de água explorada do aquífero. Desta forma, barreiras técnicas (face ao pioneirismo do projeto) e legais serão, responsavelmente identificadas e trabalhadas com as autoridades governamentais na busca do entendimento técnico-científico desejável, levando em conta que a técnica de injeção de água no aquífero local ainda não foi avaliada pelas entidades de ciência e tecnologia do Amazonas e do governo Federal".</p>
<p> A iniciativa é resultado da parceria do INPA/MCTI com a SAMSUNG Eletrônica da Amazônia, empresa instalada no Polo Industrial de Manaus (PIM) ao amparo da Lei de Informática para a ZFM. Com investimentos estimados, segundo balanço da Suframa, em R$ 11,9 milhões, o Projeto, iniciado em 2019.</p>