Roraima vive uma crise ambiental com o registro de mais de 2 mil focos de queimadas em fevereiro, segundo dados do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esse número representa 45% de todos os focos detectados no país no último mês, que somaram 4.568.
A situação é ainda mais preocupante quando comparada ao ano anterior, quando foram registrados apenas 168 focos em Roraima no mesmo período. Desde o início deste ano, já foram detectados 2.661 focos de queimadas no estado, ultrapassando o total registrado em todo o ano de 2023, que foi de 2.659.
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O governo do estado decretou situação de emergência em nove municípios: Amajari, Alto Alegre, Cantá, Caracaraí, Iracema, Mucajaí, Pacaraima, Normandia e Uiramutã, devido aos efeitos da estiagem na região.
A prática local de atear fogo para "limpar" a terra é apontada como um dos principais fatores que contribuem para a propagação descontrolada das queimadas. O Corpo de Bombeiros de Roraima está atuando para conter os incêndios, mas a falta de recursos e o aumento da demanda tornam a situação desafiadora.
Diante do cenário crítico, o governo estadual solicitou apoio do governo federal para combater as queimadas de forma integrada e eficaz. Além disso, estão sendo adotadas medidas emergenciais para garantir o abastecimento de água potável nas áreas afetadas pela seca e pelos incêndios.