No último dia 12 de julho teve início em Manaus o 66º Festival Folclórico do Amazonas – Categoria Ouro, realizado no Centro Cultural dos Povos da Amazônia, mais conhecido como “Bola da Suframa”. O evento é um dos mais tradicionais festejos “juninos” da capital, reunindo diversos grupos de danças, como quadrilhas e cirandas, que disputam o pódio na arena.
O que era para ser, principalmente, um momento em que o público poderia prestigiar as apresentações e o folclore local, tornou-se motivo de críticas e reclamações. De acordo com os espectadores, as apresentações estão sendo feitas apenas voltadas às cabines de jurados do Festival, que ficam localizadas na parte frontal da área, fazendo com que a plateia, disposta nas arquibancadas ao redor da arena, consiga observar e absorver as performances apenas de forma parcial.
Em anos anteriores, essas cabines ficavam na direção da arquibancada.


Festival em 2023. Foto: SEC.
ENQUANTO ISSO, EM PARINTINS…
No Festival Folclórico de Parintins, por exemplo, por mais que o modelo de apresentação e a localização do público seja parecida, as cabines dos jurados são alocadas nos dois lados da arena, fazendo com que os elementos dos bois precisem evoluir pelo menos três vezes: de frente para a cabine do lado esquerda (e arquibancada esquerda), de frente para a cabine do lado direito (e arquibancada direita), e de frente para as câmaras da transmissão de TV (e arquibancada frontal).
FESTA PARA O POVO?
Nas redes sociais da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Amazonas (SEC), os internautas que foram ao Festival manifestaram sua indignação.
“O Festival Folclórico do Amazonas é para o povo, e não para os jurados assistirem. As danças precisam se apresentar de frente para o público, prestigiar o público e não jurados. Ainda dá tempo de corrigir isso”, disse uma das espectadoras.





Em vídeos postados pela própria SEC no Instagram é possível ter um vislumbre de como está a disposição do público dentro da arena.
Procurados pelo Diário da Capital para alguma posição sobre o assunto, responsáveis pela Secretaria afirmaram apenas que iam “verificar” – como sempre respondem –, mas, até o fechamento desta matéria, nenhuma resposta foi obtida.