O prédio histórico dos Correios, localizado na avenida Eduardo Ribeiro, esquina com a rua Teodoreto Souto, no Centro de Manaus, passará por intervenções de segurança para protegê-lo contra vandalismo e invasões. No entanto, a data para uma revitalização completa ainda não foi definida.
Em continuidade ao programa “Nosso Centro”, a Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), estão em tratativas com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos para garantir a preservação do imóvel.
As negociações serão retomadas nesta segunda-feira (27), após uma visita técnica ao local realizada na última sexta-feira (24). As ações de segurança serão implementadas pelos Correios para proteger o prédio histórico, que atualmente se encontra em estado de depredação.
Desde o ano passado, a Prefeitura de Manaus tem mantido um diálogo contínuo com os Correios visando à recuperação deste imóvel, classificado como unidade de interesse do 1º grau. O prefeito David Almeida enviou um ofício aos Correios, e o diretor-presidente do Implurb, Carlos Valente, esteve em Brasília para reuniões com o corpo técnico da empresa.
Rafael Azevedo, superintendente em exercício do Iphan no Amazonas, destacou a importância de preservar o centro histórico, especialmente com imóveis significativos que estão em desuso e em estado precário.
“A visita que realizamos teve como objetivo avaliar o prédio e encontrar soluções para protegê-lo contra o vandalismo e o abandono. O Implurb, com quem temos um termo de cooperação, está envolvido na busca de novos usos para o imóvel”, explicou.
Pedro Paulo Cordeiro, diretor de Planejamento Urbano do Implurb, detalhou que a visita surgiu de um convite do Iphan e dos Correios. “O Implurb foi chamado devido ao desenvolvimento do programa ‘Nosso Centro’. Como temos projetos na área, participamos da visita e das reuniões. Todos desejam ver este prédio revitalizado. Ele está fechado há muito tempo e sendo depredado. Não podemos deixar de buscar uma solução para sua reforma e novo uso”, completou Cordeiro.
No ano passado, os Correios informaram oficialmente que estudam a possibilidade de concessão do imóvel a órgãos públicos. Nesse modelo, o prédio seria reformado e utilizado por um parceiro para oferecer serviços que beneficiem a população.
O prédio, que foi sede da agência central dos Correios, está abandonado há anos. Construído no início do século 20 para abrigar a firma Marius & Levy, possui um estilo eclético e é um ícone arquitetônico do ciclo da borracha. Suas fachadas são revestidas com cerâmica e tijolos aparentes, e o edifício foi tombado pelo Iphan em 1988. Os Correios estão presentes no local desde 1921.