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Preços do ar-condicionado disparam com calor e seca no AM, diz IBGE

Eletrodoméstico ficou 6,09% mais caro em outubro no país, segundo o IBGE. É a maior inflação mensal desde 2020

Escrito por
Rhyvia Araujo
November 11, 2023
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Os preços do ar-condicionado dispararam 6,09% no Brasil durante o mês de outubro, conforme aponta levantamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior inflação do produto em três anos, desde outubro de 2020 (10,54%).  

De acordo com o IBGE, a carestia em outubro pode ser associada a pelo menos dois fatores: a recente onda de calor que atinge diversas regiões como o Sudeste e a seca histórica no Amazonas. Os reflexos da estiagem foram sentidos por indústrias que produzem eletrodomésticos e outros equipamentos na Zona Franca de Manaus.

“A seca no Amazonas está afetando a produção de diversas indústrias, pode estar contribuindo para alta de preços do ar-condicionado”, avaliou o analista do Sistema Nacional de Índice de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Almeida. “A onda de calor também pode estar contribuindo.”

Na teoria, já é esperado que as altas temperaturas elevem a procura pelo aparelho. Com a demanda maior, há ainda uma pressão sobre os preços.

A inflação do ar-condicionado é calculada para 14 capitais e regiões metropolitanas. Em outubro, os preços do aparelho subiram em todos os locais. São Paulo registrou a maior alta: 10,69%. Campo Grande (9,63%) e Brasília (9,32%) vieram em seguida. Fortaleza teve a menor inflação do produto no mês passado (1,80%).

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