Uma descoberta única no mundo foi feita no município de Sousa, no sertão paraibano, onde arte rupestre e pegadas de dinossauros foram encontradas lado a lado. O local, conhecido como Serrote do Letreiro, revelou uma relação próxima entre as gravuras pré-históricas e os vestígios dos gigantes herbívoros.
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O arqueólogo Leonardo Troiano destacou a singularidade da descoberta, afirmando que, embora tenham sido encontrados sítios com coincidências semelhantes, nunca houve registros dessas ocorrências tão próximas. O Serrote do Letreiro é famoso pela abundância de vestígios pré-históricos e recebeu esse nome devido à grande presença de arte rupestre, apelidada de "letra de índio" pelos locais.
A pesquisa revelou uma ligação próxima entre as pegadas de dinossauro e a arte rupestre, composta principalmente de motivos circulares e desenhos abstratos. Os cientistas acreditam que as pessoas que deixaram os registros nas pedras reconheceram as marcas dos dinossauros e escolheram deliberadamente deixar os grafismos próximos a elas.
Embora a datação precisa das gravuras ainda seja um desafio, análises indicam que elas foram feitas entre 2.600 e 9.400 anos atrás. O estudo ressalta a importância de proteger esse local especial para a ciência e para os povos originários, propondo inclusive sua proposição como patrimônio da humanidade.
A descoberta no sertão paraibano tem chamado a atenção internacional e os pesquisadores já preparam outras publicações sobre o assunto. Apesar de ser difícil interpretar o significado exato da arte rupestre, os estudiosos destacam a importância de entender o contexto em que essas expressões foram criadas, proporcionando uma viagem por várias camadas do tempo e da história.