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Pesquisa promete aumentar a produtividade na criação de tambaquis no Amazonas

Projeto da Universidade Nilton Lins visa integrar piscicultura e cultivo de hortaliças de forma sustentável

Escrito por
Redação
July 08, 2024
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Foto: Divulgação Embrapa

Uma pesquisa inovadora realizada pela Universidade Nilton Lins promete revolucionar a piscicultura no Amazonas. O projeto, coordenado pelos professores Lucas Pedro Gonçalves Junior e Juliana Tomomi Kojima, do curso de Mestrado e Doutorado em Aquicultura, visa aumentar a produtividade na criação de tambaquis em até seis vezes, em comparação com os modelos tradicionais. Além disso, o projeto almeja alavancar a produção de alimentos de forma sustentável e ambientalmente responsável, reduzindo custos e consumo de água, sem a necessidade de desmatar.

Nesta semana, a universidade inaugurou sua unidade experimental no campus do Parque das Laranjeiras, zona Centro-sul de Manaus. A unidade foi desenvolvida para testar e avaliar diferentes modelos de produção que se adaptem à realidade amazônica. O foco principal é um sistema integrado e simultâneo para criação de peixes e hortaliças em um único ambiente aquático, beneficiando especialmente pequenos produtores e agricultores familiares do estado.

“Nosso desafio neste primeiro momento é desenvolver, na prática, um ambiente ideal, elaborado nos estudos teóricos, que seja propício tanto para os peixes quanto para as plantas. Dessa forma, esperamos melhorar a produtividade pela qualidade da água dentro do sistema alternativo de aquaponia e permitir que os pequenos produtores tenham duas fontes de renda”, destacou o professor Lucas.

Na fase inicial dos experimentos, a hortaliça escolhida foi a alface. Nos próximos meses, a pesquisa será expandida para incluir plantas de interesse comercial regional, como jambu e manjericão.

SUSTENTABILIDADE E INOVAÇÃO

O sistema integrado de produção aplicado na agricultura familiar oferece diversas vantagens econômicas e ambientais. Aumenta a produtividade sem desmatamento e reduz o consumo de água em comparação aos modelos atuais.

“É totalmente sustentável e respeita o meio ambiente da região. Nesta unidade experimental, contamos com 16 tanques, mas os produtores poderão usar viveiros de até 50m³. A piscicultura tradicional produz cerca de 1 kg de tambaqui por m³, enquanto com este sistema estimamos chegar a 6 kg”, explicou Lucas.

Iniciada em maio de 2023, a pesquisa está prevista para ser concluída em maio de 2025. Além dos experimentos, a unidade também servirá para cursos, contribuindo para a disseminação do conhecimento e capacitação dos produtores locais. O projeto conta com apoio da Fapeam pelo Programa de Apoio à Fixação de Jovens Doutores no Brasil.

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