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Seja na venda de artesanatos, comida, ou na oferta de medicina tradicional, espaços lutam para manter saberes e tradições

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September 13, 2022
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<p>O território que hoje é compreendido como a cidade de Manaus, capital amazonense, foi, um dia, uma área 100% ocupada por comunidades indígenas, assim como os outros 61 municípios, em todo o Amazonas. Essa realidade torna o estado, ainda, o maior em número de habitantes indígenas do Brasil, mesmo em 2022.</p>

<p>O Diário da Capital resgatou cinco lugares na capital amazonense que nadam contra a maré do apagamento histórico dessas populações, e repercutem a importância dos saberes e tradições ancestrais.</p>

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<p style="font-size:25px"><strong>Bahserikowi’i e Biatüwi</strong></p>

<p>Você sabia que Manaus possui um Centro de saberes tradicionais indígenas? O Bahserikowi'i exalta a cultura das comunidades do Alto Rio Negro no tratamendo com a medicina tradicional dos povos indígenas em Manaus.</p>

<p>Fundado em 2017 pelo antropólogo indígena João Paulo Barreto, da etnia Tukano, o Centro já recebeu milhares de pessoas que buscam tratamento de saúde com os Kumuã - também conhecidos como pajés - que se revezaram no atendimento.</p>

<p>Os Kumuã são especialistas no manuseio e tratamento de plantas medicinais e no “bahsese”, conhecido como o ato de "benzer", que simboliza os procedimentos utilizados para tratar a enfermidade.</p>

<p>O Centro também funciona como ambiente para rodas de conversa e eventos indígenas, e também inaugurou, recentemente, a primeira Casa de Comida Indígena, o Biatüwi. Lá, o visitante fará uma imersão na culinária que passeia pelas etnias Sateré-mawé, do Baixo Amazonas, e Tukano, do Alto Rio Negro.</p>

<p>Os dois espaços ficam localizados na ​​Aldeia da Memória Indígena, na rua Bernardo Ramos, nº 97, no Centro de Manaus, com funcionamento de segunda à sábado.</p>

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<p style="font-size:25px"><strong>Yandé Muraki</strong></p>

<p>Unir artesanato, medicina e literatura indígena é o objetivo do Centro do Empreendedor Indígena Yandé Muraki, um espaço apoiado pela Fundação Estadual do Índio (FEI) destinado ao incentivo e valorização do produto feito artesanalmente por indígenas.</p>

<p>Atualmente, mais de 200 artesãos recebem suporte para comercializar seus produtos e seguir firme a tradição indígena. São cocares, medicamentos naturais, livros, instrumentos de som, tudo em um espaço que respira ancestralidade.</p>

<p>O Yandé Muraki funciona na rua Monsenhor Coutinho, 259, no Centro da capital amazonense, de segunda a sexta-feira no horário de 8h às 18h, e no sábado e domingo, das 8h às 13h.</p>

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<p style="font-size:25px"><strong>AMISM</strong></p>

<p>A Associação de Mulheres Indígenas Sateré-mawé é um espaço destinado à confecção e venda de artesanatos da etnia. Inicialmente fundado e idealizado para acolher mulheres indígenas vulneráveis em contexto urbano, a associação conta hoje com uma forte clientela, mas não abandona a ideia inicial de ecoar os saberes ancestrais.</p>

<p>Com mais de 15 mil seguidores nas redes sociais, as mulheres Sateré-mawé que integram a AMISM são voz de resistência para os indígenas que moram fora das aldeias, longe das terras demarcadas.</p>

<p>Para conhecer e contemplar o talento artesão das mulheres indígenas, o endereço da AMISM é na rua São Marçal, no bairro da Compensa, zona Oeste da cidade. No Instagram, a conta é @amism_sateremawe.</p>

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<p style="font-size:25px"><strong>Paço Municipal</strong></p>

<p>O mais popular dos cinco espaços, o Paço Municipal, também conhecido como Museu da Cidade de Manaus, conta e mostra muita história dos primeiros povos do Amazonas.</p>

<p>Entre dezenas de obras de artistas amazonenses, peças raras da época do processo máximo de exploração da borracha, a Belle Époque, encontra-se a Sala de Arqueologia do Paço, um espaço com pisos de vidro que transportam o visitante a épocas de dois a sete mil anos atrás.</p>

<p>O vidro resistente com iluminação especial guarda fragmentos arqueológicos indígenas importantes, e uma urna funerária encontrada durante obras que foram realizadas no local.</p>

<p>A sala é uma visita ao dia a dia distante de antepassados muito antes dos primeiros pés colonizadores fincarem no Brasil. Em frente ao local, a praça Dom Pedro II, que também passou por descobertas arqueológicas importantes, foi reconhecida apenas este ano - 2022 - como um cemitério indígena.</p>

<p>O Museu fica localizado na rua Gabriel Salgado, no Centro de Manaus. Logo em frente, a praça D. Pedro II, pode ser localizada através da avenida Sete de Setembro, na zona Sul da capital.</p>

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