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Parlamento de Israel aprova resolução contra criação de Estado palestino

Medida antecede visita de Netanyahu aos EUA e julgamento da Corte Internacional de Justiça

Escrito por
Redação
July 18, 2024
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Foto: EFE/EPA/ABIR SULTAN

Na manhã desta quinta-feira, o Parlamento de Israel, a Knesset, aprovou uma resolução expressando oposição à criação de um Estado palestino a oeste do rio Jordão. A medida, aprovada por 68 votos a favor dos 120 membros da Knesset, considera que a criação de tal Estado constituiria uma “ameaça existencial” para Israel e seus cidadãos, afirmando que “perpetuaria o conflito” e “desestabilizaria a região”.

Posicionamento do Parlamento

“O Knesset israelense se opõe fortemente ao estabelecimento de um Estado palestino a oeste do rio Jordão,” diz o texto da resolução. Segundo o documento, a formação de um Estado palestino nos territórios ocupados poderia resultar no controle pelo movimento islamista Hamas, transformando a área em “uma base terrorista islamista radical” voltada para a destruição de Israel. A resolução enfatiza que promover um Estado palestino seria recompensar “o terrorismo e apenas encorajaria o Hamas e seus apoiadores”, especialmente após o ataque de 7 de outubro.

Contexto e Reações

Essa declaração simbólica antecede a visita do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu a Washington na próxima semana e ocorre um dia antes de a Corte Internacional de Justiça em Haia decidir sobre as consequências legais da ocupação israelense dos territórios palestinos desde 1967.

Os nove membros do Parlamento pertencentes a partidos árabes votaram contra a resolução, enquanto os parlamentares do Partido Trabalhista não compareceram à sessão, conforme informou o jornal local Haaretz.

A Autoridade Palestina, que possui uma administração parcial na Cisjordânia ocupada, respondeu afirmando que não haverá “nem paz nem segurança para ninguém sem o estabelecimento de um Estado palestino”, acusando a coalizão de extrema direita que governa Israel de “mergulhar a região em um abismo”.

Repercussões Internacionais

A resolução gerou consternação internacional. A França expressou seu descontentamento, afirmando que a votação “contradiz as resoluções adotadas pelo Conselho de Segurança da ONU”. O Egito e a Jordânia também condenaram a adoção do texto.

Consequências do Conflito

O conflito entre Israel e o Hamas em Gaza estourou em 7 de outubro, resultando na morte de 1.195 pessoas, a maioria civis, e no sequestro de 251 indivíduos no sul de Israel, de acordo com dados oficiais israelenses. O Ministério da Saúde do governo do Hamas na Faixa de Gaza anunciou que 38.848 pessoas morreram no território palestino desde o início da guerra.

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