<p>O Palmeiras de Abel Ferreira mostrou mais uma vez sua capacidade de renascer das cinzas e conquistou seu terceiro título paulista em quatro anos, o segundo com o técnico português. A virada épica na decisão contra o Água Santa, após perder a primeira partida por 2 a 1, ficará marcada na história do clube e do futebol brasileiro.</p>
<p>Mas a conquista não foi apenas resultado de uma reviravolta na final. Ela marca a quarta reconstrução do projeto de Abel Ferreira no Palmeiras, o quarto nascimento de um time. No início do ano, a equipe perdeu dois dos seus pilares do campeonato brasileiro de 2022, Danilo e Gustavo Scarpa, e não teve reforços para suprir as saídas.</p>
<p>Foi então que Abel Ferreira olhou para seu elenco e encontrou soluções. Zé Rafael se reinventou como primeiro volante e se tornou ainda mais importante para o time. Gabriel Menino mostrou que estava recuperado do ano anterior, em que teve uma queda de rendimento, e marcou dois gols na decisão. Raphael Veiga voltou de contusão e assumiu as bolas paradas, e poucos sentiram falta de Scarpa, eleito melhor jogador do Brasil em 2022.</p>
<p>No ataque, Endrick fez dois gols na grande decisão, um em cada partida, mas foi seu começo de ano inconsistente que deu espaço para Bruno Tabata e Giovani aparecerem. Abel Ferreira e seus jogadores já haviam feito isso antes, mostrando que a capacidade de reconstrução é uma marca registrada do Palmeiras sob o comando do treinador português.</p>
<p>A conquista do Paulistão 2023 também é uma resposta aos críticos e à pressão sobre a diretoria. O título mostra que, mesmo sem grandes contratações, o Palmeiras tem um elenco forte e competitivo, capaz de conquistar títulos importantes. Com a vitória, o time se prepara agora para disputar a Libertadores e o Brasileirão, com a confiança renovada e a certeza de que pode superar qualquer adversidade.</p>