O Projeto de Lei do Orçamento de 2025, recentemente enviado ao Congresso, autoriza a contratação de 57.814 novos servidores públicos para o próximo ano. Desses, 53.599 vagas estão reservadas para o Poder Executivo, das quais 46.882 serão destinadas ao banco de professores para universidades e institutos técnicos federais. As outras 6.717 vagas contemplarão diversas categorias, incluindo militares efetivos.
Além das vagas no Executivo, o Orçamento de 2025 prevê a contratação de 3.524 servidores para o Judiciário, 416 para o Legislativo Federal, 232 para o Ministério Público Federal e o Conselho Nacional do Ministério Público, e 43 para a Defensoria Pública da União, que é tratada como um Poder à parte nas rubricas orçamentárias.
Para viabilizar a realização de novos concursos, a proposta do Orçamento de 2025 também reserva R$ 2 bilhões. Contudo, o secretário de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e Orçamento, Clayton Luiz Montes, esclareceu que ainda não há definições sobre quais concursos serão abertos ou os cargos que serão ofertados no próximo ano.
“Assim como a ministra Esther [Dweck] adiantou, existe sim a previsão de novos concursos para 2025. Tem previsão para isso no Orçamento. Não temos agora a abertura de quais concursos, para quem, mas existe a dotação orçamentária reservada para tais concursos. O Ministério da Gestão e Inovação distribuiu uma nota, que informa haver uma reserva em torno de R$ 2 bilhões para abertura de novos concursos”, explicou Montes durante uma entrevista coletiva para detalhar o projeto do Orçamento.
Em agosto deste ano, o governo federal realizou a primeira edição do Concurso Nacional Unificado (CNU), oferecendo 6.640 vagas em 21 ministérios, agências e autarquias federais. Com mais de 2,1 milhões de inscritos e uma taxa de abstenção de 54,12%, o sucesso do concurso incentivou a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, a considerar a possibilidade de uma segunda edição do CNU em 2025.
Segundo a ministra, a decisão dependerá da análise dos resultados da primeira edição e da previsão orçamentária para as novas provas.