Nesta terça-feira (28), 16 lojas, a maioria tabacarias, foram lacradas por comércio ilegal de cigarros eletrônicos, os famosos vapes, em Manaus. A medida é resultado da operação deflagrada pela Polícia Federal, Receita Federal e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Batizada de "Vapor Digital", a ação tem o objetivo de combater crimes de contrabando, falsidade documental, uso de documento falso, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e organização criminosa.
A operação mobiliza 110 Policiais Federais e 60 servidores da Receita Federal, além de 47 viaturas, que cumprem 27 mandados de busca e apreensão em locais estratégicos identificados durante as investigações em Manaus.
Foi concedido, ainda, judicialmente a suspensão das atividades econômicas dos estabelecimentos que praticam a venda do material ilícito e a suspensão dos perfis de redes sociais.
De acordo com a Receita Federal, a investigação se iniciou em fevereiro de 2024, em decorrência de três apreensões realizadas nos Correios e em empresas de transporte aéreo no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, que culminaram na apreensão de mais de 7.500 cigarros eletrônicos, destinados a pessoas físicas, jurídicas e distribuidoras na cidade de Manaus.
Foram identificados 11 suspeitos e 16 estabelecimentos comerciais, em sua maioria tabacarias, tidos como responsáveis e pontos de vendas do produto ilícito, na cidade e nas redes sociais. O cigarro eletrônico já era alvo de proibição e, recentemente, a Anvisa manteve a proibição de importação, divulgação e venda, por meio da RDC nº 855/2024. A investigação identificou, ainda, a falsidade documental, principalmente de notas fiscais, para ludibriar a investigação.
No caso concreto, uma distribuidora tentou introduzir o produto na cidade com nota fiscal de capas de telefones celulares. Ainda durante a investigação, foi possível identificar que alguns proprietários dos estabelecimentos movimentaram grande quantidade de valores em espécie num curto período de tempo.
Além da venda ilegal dos dispositivos eletrônicos, os suspeitos também são investigados por venderem outros produtos fumígenos ilegais, como cigarro importado e fumo para narguilé sem autorização da Anvisa.