Na última sexta-feira (24), um grupo de 27 amazonenses voltou do Rio Grande do Sul para Manaus em um voo comercial que partiu de Florianópolis (SC), chegando à capital amazonense às 16h. Com a chegada de mais sete passageiros no domingo (26), a operação já realocou 94 pessoas ao todo.
Os voos partiram de Florianópolis devido ao fechamento dos aeroportos nas áreas mais afetadas pelas enchentes no RS. Os amazonenses foram instruídos a se deslocarem para a capital catarinense para embarcar de volta para casa.
“Essa campanha é de extrema importância. A sensação é de gratidão, ao governo do estado que reconheceu a necessidade de trazer nossos conterrâneos de volta. A situação no Rio Grande do Sul é muito crítica, tanto para os gaúchos quanto para os amazonenses, que não tinham mais como retomar suas vidas lá”, declarou o secretário de Defesa Civil, coronel Francisco Máximo.
Entre os passageiros do voo estavam estudantes, famílias inteiras e idosos, todos afetados pelas enchentes. Além disso, um cachorro, duas crianças com síndrome de Down e uma representante da tribo Kokama estavam entre os repatriados. Os passageiros vieram de diversas cidades, incluindo Rio Grande, Porto Alegre, Gramado e Passo Fundo.
“Ficamos ilhados, nossa casa não alagou, mas eu e meus filhos ficamos presos, sem poder sair. Na noite do embarque, o lajeado alagou e quase não conseguimos chegar ao aeroporto. Quero agradecer ao governador Wilson Lima, sem Deus e ele, eu não estaria aqui”, disse Girley Rosa, passageira do terceiro voo de repatriação.
Ao longo de 15 dias de operação, a Defesa Civil do Amazonas recebeu cerca de 150 pedidos de ajuda. A equipe inicialmente fez um levantamento detalhado das demandas e da logística necessária. A partir dessa análise e priorizando questões de saúde, crianças e idosos, pessoas com deficiência (PCD) e estudantes isolados, a Defesa Civil iniciou o processo de repatriação.
O primeiro voo trazendo amazonenses de volta chegou a Manaus na madrugada de 18 de maio, com 34 passageiros. O segundo voo aterrissou na tarde do mesmo dia com mais 26 pessoas. Entre esses passageiros estavam duas crianças com transtorno do espectro autista, uma criança com síndrome de Down, três famílias que estavam em abrigos e a maioria das pessoas que estavam alojadas em casas de amigos em Porto Alegre, Canoas, Canela e Gramado.