Na manhã de sexta-feira (18), a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal (PF) realizaram a Operação Incúria, que resultou na prisão preventiva de sete integrantes e ex-integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal. A operação também incluiu a execução de cinco mandados de busca e apreensão. Até o horário aproximado de 9h30, cinco militares já haviam sido presos.
A Operação Incúria é uma resposta à denúncia apresentada pelo Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR, coordenado pelo subprocurador Carlos Frederico Santos, ao Supremo Tribunal Federal. A denúncia alega que a cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal não agiu para impedir atos de vandalismo contra as sedes dos Três Poderes, supostamente em razão de um alinhamento ideológico com os manifestantes golpistas.
Todos os alvos da operação são acusados de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado, além de infringir a Lei Orgânica e o Regimento Interno da Polícia Militar. Nesse contexto, o Coronel Naime e o Major Flávio Silvestre já estavam detidos.
A acusação central se baseia na suposta omissão da cúpula da PM em agir para conter os atos de vandalismo ocorridos durante manifestações, alegando que essa omissão foi motivada por um alinhamento ideológico com os manifestantes de caráter golpista. A Polícia Militar do Distrito Federal afirmou que a Corregedoria acompanha o caso.