Não tem um mês que iniciou o Campeonato Amazonense Sub-8 e Sub-10, o conhecido Barezinho. Já foram quatro rodadas e um verdadeiro show de talentos mirins que nossa terra reproduz. É muito fácil se apaixonar em cobrir a base amazonense por conta das histórias, dos pequenos e é claro dos momentos felizes e também os tristes, porque são nesses jogos que você tem a dimensão de ganhar e perder desde muito jovem.
Minha Agência de Notícias acompanha os jogos do Amazonas, que tem o projeto Verona como parceiro. Então, eu estive em praticamente todos os jogos do Barezinho, acompanhando a evolução de tantos pequenos craques, recebendo o reconhecimento de muitos pais e vendo de coração partido o choro dos goleiros e atletas que saem perdendo seus confrontos. Sério, gente. É de doer o coração!!!
Falando propriamente do Amazonas que eu acompanho mais, o Sub-8 e Sub-10 estão indo bem na competição, com bons resultados. Em cada categoria, tem os artilheiros e todos lindos e fofos da titia. O Noah Figueiredo do Sub-8 e o Moisés do Sub-10. Tem ainda o Murilo que é o mini- Sassá, filho do atacante do Amazonas. Sempre dando show de dribles e personalidade.
Conheci ainda as meninas incríveis e desbravadoras da Liga de Presidente Figueiredo. São seis jovens jogadores do Sub-10 que praticamente carregam o time dos homens nas costas. Lembrando que elas podem atuar por conta da determinação recente do futebol misto onde mulheres podem ser inseridas em times masculinos. No último jogo, algumas choraram após outra derrota.
E aí, chego no assunto em questão que são os pais e a torcida nas arquibancadas. O Thiago Durante, que é o responsável pela base e sempre está lá com o microfone convidando, acionando e incentivando a torcida, fez um discurso no último jogo sobre a responsabilidade de quem vem das arquibancadas, que é o de dar exemplo. Muitos ali são pais e que no calor da emoção, acabam ultrapassando o limite da boa ordem e ensinam os próprios filhos sobre ignorância e desrespeito. Mas, o fato em questão que quero citar não presenciei, mas apurei após reportagem de uma página chamada “Arquibancada Feminina BR” no Instagram. Na ocasião, relataram uma agressão verbal sofrida por uma atleta da base Sub-8 do Sul-America. Uma criança de apenas 8 anos foi ofendida com palavras como “marginal” e “galerosa” por pessoas da arquibancada, conforme informação da página. A menina saiu chorando e não quis mais voltar a campo, o caso não teve relato da súmula do jogo, o que achei involuntário, porém extremamente necessário diante da gravidade.
A Federação Amazonense de Futebol findou não se manifestando, mas apurei que eles tomaram conhecimento do caso e iam buscar identificar e tratar, a partir deste episódio, com mais atenção as orientações. O clube, na minha visão, também deve ser o primeiro a tomar uma medida, até para mostrar a pequena Cristina que ela tem apoio. E é aí que quero chegar, claro que a FAF enquanto organizadora da competição precisa zelar pela segurança de todos os competidores, mas é uma falta de noção um bando de adulto precisar de “babá” para se comportar, sabendo que ali é uma competição de CRIANÇAS.
O Barezinho é um show de talentos e que cria craques, ensina disciplina e marca gerações que estão iniciando seus sonhos. Saibam disso a cada vez que forem prestigiar e acima de tudo SEJAM TORCEDORES INCENTIVADORES. Esses pequenos craques precisam!
A pequena Cristina, eu espero que a vida seja generosa com você meu amor, e que você jamais desista!
