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Meio Ambiente

O Cultivo de microalgas para a produção de biocombustível

Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) cultivam microalgas em laboratório, com o objetivo principal de produzir biocombustível.

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April 03, 2023
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<p>As microalgas são cultivadas em laboratórios e em condições controladas, por um grupo de pesquisadores da Unicamp, que têm como principal objetivo a produção de biocombustível.</p>

<p>A pesquisadora do Laboratório de Otimização, Projetos e Controle Avançado (LOPCA) da Faculdade de Engenharia Química da Unicamp, Luisa Fernanda Rios destaca:</p>

<p>“É possível também extrair proteína e carboidratos e aproveitá-los como alimento, além de obter produtos que podem ser utilizados na área cosmética, como betacarotenos, e outros compostos valiosos, entre eles a ficocianina, um pigmento natural azul”</p>

<p>As microalgas crescem através do fenômeno de fotossíntese idêntico ao das plantas. Recebem dióxido de carbono (CO2) da atmosfera e energia do sol e os transformam em oxigênio. Com isso, acumulam diferentes tipos de metabólitos, como proteínas, carboidratos e lipídios e, em menor quantidade, carotenoides, clorofila e vitaminas.</p>

<p>O petróleo também tem em sua composição essas microalgas, que se depositaram no fundo do mar e da terra. “Imaginem o tanto de coisas importantes que tem dentro da célula desse organismo”, observa Ríos, doutora em engenharia química pela Unicamp.</p>

<p>O trabalho é assinado por quatro cientistas do LOPCA, no qual analisam e comparam, o crescimento e a produtividade da espécie <em>Botryococcus terribilis</em> em sistemas fechados e abertos. Sistemas fechados são aqueles em que não há troca de ar com o ambiente – como fotobiorreatores, em que é possível manter as condições de crescimento da microalga mais controladas. </p>

<p>Já os sistemas abertos são tanques (<em>raceway ponds</em>, que são lagoas artificiais rasas) usados em laboratório, mas que trocam ar com a atmosfera, portanto abertos ao ambiente. Proteínas, carboidratos, lipídios, pigmentos e hidrocarbonetos foram extraídos e quantificados. É a primeira vez que os hidrocarbonetos de <em>B. terribilis</em> são extraídos e caracterizados, segundo o grupo de pesquisa. Este mesmo trabalho foi descrito em artigo <a href="https://link.springer.com/article/10.1007/s13399-023-03805-w" target="_blank" rel="noreferrer noopener"><strong>publicado</strong></a> na revista <em>Biomass Conversion and Biorefinery</em>.</p>

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