Nesta quarta-feira (22), Noruega, Espanha e Irlanda anunciaram o reconhecimento de um Estado Palestino independente. A decisão foi comunicada pelo ministro das Relações Exteriores da Noruega, Espen Barth Eide, pelo primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, e pelo primeiro-ministro da Irlanda, Simon Harris.
A formalização do reconhecimento ocorrerá na próxima terça-feira (28), como resultado de uma resolução aprovada pela Assembleia Geral da ONU no início do mês, que abre caminho para a Palestina ser reconhecida como Estado-membro da organização.
Simon Harris, premiê da Irlanda, expressou esperança de que outros países sigam o mesmo caminho nas próximas semanas. "Antes do anúncio de hoje, falei com vários outros líderes e estou confiante de que mais países se juntarão a nós para dar este importante passo nas próximas semanas", disse Harris em uma conferência de imprensa. Ele reforçou que uma solução de dois Estados é fundamental para a paz e segurança tanto de Israel quanto da Palestina.
Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha, criticou a postura do premiê israelense Benjamin Netanyahu. "Pedimos um cessar-fogo. Mas não é suficiente. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se faz de surdo e continua castigando a população Palestina", afirmou Sánchez.
Em resposta à decisão de reconhecer o Estado Palestino, o Ministério das Relações Exteriores de Israel ordenou a retirada imediata de seus embaixadores na Irlanda, Noruega e Espanha. Os embaixadores dos três países em Tel Aviv foram convocados ao Ministério das Relações Exteriores de Israel.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, declarou que a decisão dos três países "minou o direito de Israel à autodefesa e os esforços para devolver os 128 reféns detidos pelo Hamas em Gaza".