O empresário Mário Expedito Neves Guerreiro, uma figura emblemática da industrialização no Amazonas e ex-combatente da 2ª Guerra Mundial, será velado nesta sexta-feira (16) no Salão Paroquial da Igreja Nossa Senhora de Nazaré, localizada na avenida Mário Ypiranga, bairro Adrianópolis, na zona Centro-Sul de Manaus.
O velório terá início às 9h e será aberto ao público. O sepultamento está previsto para as 16h, no Cemitério São João Batista, bairro Nossa Senhora das Graças.
Mário Guerreiro faleceu na tarde desta quinta-feira (15), aos 103 anos, de causas naturais, em sua residência na capital do Amazonas, segundo informou sua neta, Juliana Guerreiro Monteiro de Paula.
“Ele foi guerreiro no nome e na vida”, destacou Juliana ao anunciar o falecimento.
TRAJETÓRIA DE VIDA E CONTRIBUIÇÕES
Nascido em 8 de outubro de 1920, no bairro Villa Municipal (atual Adrianópolis), Mário Guerreiro foi um dos 160 amazonenses que lutaram na Itália durante a 2ª Guerra Mundial, em 1944. Após retornar ao Brasil, ele se estabeleceu como um dos principais nomes da indústria na região amazônica, sendo pioneiro na industrialização das fibras na Amazônia.
Em 1951, Mário Guerreiro fundou, ao lado de Adalberto Valle, a Brasiljuta, que se tornaria a maior empresa de tecelagem do setor nas Américas. A companhia foi responsável pela geração de 54 mil empregos ao longo de 40 anos, antes da criação da Zona Franca de Manaus (ZFM). Além disso, Mário Guerreiro desempenhou papel fundamental na instalação da Refinaria de Manaus, inaugurada em 1957 pelo presidente Juscelino Kubitschek.
Mário também foi o primeiro presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) e da Associação Comercial do Amazonas (ACA), tendo presidido também o Banco do Estado do Amazonas (BEA). Sua atuação no setor industrial foi coroada com a implantação e direção do Instituto de Fomento à Produção de Fibras Vegetais da Amazônia (Ifibram) e do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem de Manaus.
UMA VIDA DE RESILIÊNCIA
Além de sua longa trajetória na indústria, Mário Guerreiro sobreviveu à Covid-19 em 2021, aos 100 anos de idade, após passar 40 dias internado em São Paulo. Sua recuperação foi celebrada com aplausos e representou mais uma demonstração de sua força e resiliência.
DESPEDIDA E HOMENAGENS
Familiares, amigos, políticos e demais personalidades do Amazonas são esperados no velório para prestar as últimas homenagens a um dos mais importantes empresários da história do estado.
“Em homenagem ao amor e à história que nunca se apagarão, junte-se a nós para prestar as últimas homenagens ao nosso guerreiro”, convidou a família em nota.
Mário Guerreiro deixa um legado que transcende gerações, sendo lembrado não apenas por suas conquistas empresariais, mas também por sua dedicação à pátria e à sua terra natal.