A comunidade cinematográfica mundial e os fãs foram abalados nesta sexta-feira (19) com a notícia do falecimento da aclamada atriz chinesa Cheng Pei-pei. Conhecida por seus papéis marcantes e habilidade excepcional em artes marciais, Cheng Pei-pei deixou um legado que transcende as telas. Aos 78 anos, rodeada por seus entes queridos, a atriz faleceu pacificamente em sua residência na última quarta-feira (17), após uma luta contra uma forma rara e degenerativa de parkinsonismo.
Segundo o texto publicado no Facebook pela família da atriz, Cheng foi diagnosticada com síndrome de parkinsonismo neurodegenerativo atípico, uma doença com sintomas similares ao Mal de Parkinson. Infelizmente, os médicos não conseguiram retardar a progressão da doença. Demonstrando seu compromisso com a ciência, a atriz optou por doar seu cérebro para pesquisas médicas.
“Nossa mãe queria ser lembrada por como ela era: a lendária Rainha das Artes Marciais… uma atriz versátil e premiada cuja carreira no cinema e na televisão durou mais de seis décadas, não apenas na Ásia, mas também internacionalmente. Ela adorava ser atriz e sabia, mesmo com muito trabalho, o quanto era sortuda por ter a carreira que teve”, dizia a nota.
Cheng Pei-pei, cuja carreira ultrapassou seis décadas, era considerada uma pioneira em filmes de ação, ganhando notoriedade após seu papel de destaque em “O Grande Mestre Beberrão”, de 1966. Ela alcançou renome internacional com o filme “O Tigre e o Dragão”, dirigido por Ang Lee e vencedor de quatro Oscars. Seu último papel foi no live-action de “Mulan” (2020), onde interpretou a casamenteira.