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Morre Arnaldo Santos, ícone da crônica esportiva amazonense, aos 86 anos

A família ainda não divulgou o local e horário do velório e sepultamento. O narrador amazonense estava em tratamento contra um câncer de pulmão desde 2016.

Escrito por
Redação
January 06, 2025
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Foto: Reprodução

Nesta segunda-feira (6), a crônica esportiva amazonense se despede de Arnaldo dos Santos Andrade, um dos maiores narradores da região Norte do Brasil. Aos 86 anos, o narrador amazonense estava em tratamento contra um câncer de pulmão desde 2016. A família ainda não divulgou o local e horário do velório e sepultamento.  

Com mais de 56 anos dedicados ao jornalismo esportivo, Arnaldo deixou uma marca indelével no esporte e na comunicação local. Nascido em 17 de julho de 1938, em Manaus, Arnaldo iniciou sua carreira como narrador esportivo em 1959, aos 20 anos, transmitindo jogos de voleibol, basquete e futsal no ginásio do Rio Negro. 

Logo, foi convidado pela extinta Rádio Baré para um teste, que resultou em sua aprovação, e em 1961 ele fez sua primeira narração oficial, transmitindo uma partida do Campeonato Estadual entre São Raimundo e Fast, no Parque Amazonense. Ao longo dos anos, Arnaldo se tornou uma referência no jornalismo esportivo, se destacando não apenas por sua voz, mas também pela sua paixão e dedicação ao esporte.

Carreira de Arnaldo Santos

Com uma carreira que durou mais de cinco décadas, Arnaldo Santos tornou-se uma figura central na comunicação esportiva do Amazonas. Desde 1970, integrou o programa “AS nos Esportes” na TV Ajuricaba, hoje Rede Amazônica, e ficou conhecido por suas frases inspiradoras como “seja bom filho, bom aluno e bom de bola”, que ecoaram entre os amazonenses. A narração de quatro Copas do Mundo e a cobertura de eventos marcantes, como o tricampeonato da Copa Norte do São Raimundo e o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro pelo Tufão, solidificaram sua posição no cenário esportivo local.

Além de sua carreira como narrador, Arnaldo Santos também teve uma atuação relevante como gestor esportivo. Em 1968, participou ativamente da construção do Estádio Vivaldo Lima e, em 1995, no governo de Amazonino Mendes, assumiu o cargo de subsecretário de Desportos da Secretaria de Estado, Cultura e Desportos, presidindo a Fundação Vila Olímpica de Manaus. Como coordenador do Peladão, o maior campeonato de peladas do mundo, por 19 temporadas, Arnaldo foi responsável por importantes inovações, como a criação de novas categorias, incluindo o Feminino, o Peladinho e a categoria Indígena.

Mesmo com a saúde debilitada após o diagnóstico de câncer, Arnaldo continuou envolvido no esporte, mantendo sua paixão pelo Peladão. Ele declarou certa vez: “Se tirarem o Peladão de mim, eu morro no outro dia”, o que demonstra a profundidade de seu compromisso com o evento e com o futebol amador. Sob sua coordenação, o Peladão também se destacou por suas ações sociais, como a emissão de documentos, o plantio de árvores, campanhas de doação de sangue e o incentivo à educação de crianças.

Arnaldo Santos completaria 87 anos em junho de 2025. Seu falecimento representa a perda de um ícone da crônica esportiva e um defensor incansável do esporte em sua cidade. As homenagens ao cronista serão divulgadas em breve.

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