Um estudo publicado no The New England Journal of Medicine revelou o potencial do baricitinibe, medicamento comumente prescrito para a artrite reumatoide, no combate ao diabetes tipo 1. Os pesquisadores observaram que a substância preservou a capacidade das células pancreáticas de produzir insulina, retardando a progressão da doença.
Ao focar em 91 pacientes recém-diagnosticados com diabetes tipo 1, com idades entre 10 e 30 anos, o estudo selecionou aleatoriamente participantes para receber 4 mg/dia de baricitinibe ou um placebo ao longo de 48 semanas. Os resultados indicaram que o grupo tratado com baricitinibe apresentou níveis mais elevados de peptídeo C, sugerindo a preservação das células produtoras de insulina.
A variabilidade da glicose durante o dia foi menor no grupo que recebeu o tratamento, indicando uma possível estabilização dos níveis de açúcar no sangue. Os pesquisadores destacam a ausência de eventos adversos graves relacionados ao medicamento.
Este achado representa uma promissora abordagem para gerir a diabetes tipo 1 e potencialmente prevenir complicações a longo prazo. Com mais de 1,3 bilhão de pessoas projetadas para ter diabetes em 2050, avanços como este são cruciais na busca por tratamentos mais eficazes e acessíveis.