María Branyas Morera, reconhecida como a pessoa mais velha do mundo, faleceu hoje (20) aos 117 anos em Olot, no nordeste da Espanha. A informação foi confirmada pela família em uma publicação na rede social X (antigo Twitter), onde destacaram que Branyas “morreu como desejava: em paz e sem dor, enquanto dormia”.
María, nascida em 4 de março de 1907 em São Francisco, nos Estados Unidos, teve uma vida extraordinária. Em 1915, mudou-se para a Espanha, onde viveu os últimos anos de sua longa vida. Ela sobreviveu à pandemia de gripe espanhola em 1918, passou por duas guerras mundiais, pela Guerra Civil Espanhola, e até superou a Covid-19 em 2020, aos 113 anos.
“Um dia vou partir, deixarei de existir neste corpo”, disse ela em uma de suas últimas declarações, compartilhadas pela família. “Quero que a morte me encontre sorridente, livre e satisfeita”, completou. Essas palavras refletem a serenidade com que ela encarava o fim de sua longa jornada.
María Branyas viveu por mais de 20 anos no lar de idosos Santa Maria del Tura, em Olot, na região da Catalunha. Mãe de três filhos, avó de 11 netos e bisavó de vários bisnetos, ela sempre foi conhecida por sua lucidez e pelo bom estado de saúde, mesmo em idade avançada. Um estudo conduzido pela Universidade de Barcelona chegou a investigar seu DNA para entender os fatores que contribuíram para sua impressionante longevidade.
Após a morte de Branyas, o título de pessoa mais velha do mundo passa agora para a japonesa Tomiko Itooka, que nasceu em 23 de maio de 1908 e tem 116 anos, de acordo com o Grupo de Investigação Gerontológica (GRG) e o Guinness World Records.
Branyas sucedeu à francesa Lucile Randon, que faleceu em janeiro de 2023 aos 118 anos. A pessoa mais velha já registrada foi Jeanne Calment, também francesa, que viveu até os 122 anos e 164 dias, falecendo em 1997.