Na segunda-feira (18), a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), prendeu Israel da Silva Assis, 41, apontado como o mandante da morte de Erwin Rommel Godinho Rodrigues, 54, servidor do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Erwin, que era primo da presidente do TCE, Yara Lins, e tio do deputado estadual Fausto Jr., foi assassinado a tiros ao sair de um restaurante no Bairro da Paz, em novembro deste ano.
Outro indivíduo, identificado como João Gabriel da Silva Almeida, também foi alvo da operação, por auxiliar a fuga do executor.
De acordo com o delegado Ricardo Cunha a motivação do crime teria sido uma dívida avaliada em R$ 1,5 milhão, que Israel tinha com Erwin. A vítima, que também era advogada, trabalhava com regularização de imóveis e terras, tanto no Amazonas quanto em outros estados do Brasil, e o infrator o ajudava com captação de clientes e informações.
“Nesta situação ele apresenta um cliente para o advogado e, juntos, eles formalizam um contrato – no valor mencionado – referente a regularização de terras na Bahia. No entanto, o suposto cliente sumiu e o Erwin passou a cobrar o Israel quanto ao R$ 1,5 milhão, o que irritou o criminoso e o levou a planejar a morte do advogado”, disse.
Israel, então, contratou Hewerton Kauan Oliveira Cavalcante e João Gabriel da Silva Almeida, ambos de 18 anos, para participar da empreitada criminosa, oferecendo a eles um valor de R$ 5 mil.
“No dia do crime, o mandante ainda convidou Erwin para almoçar, para fins de negócios. Quando o advogado sai do restaurante, ele manda uma mensagem para Hewerton Kauan, que persegue e executa a vítima. Todas as ações foram registradas por câmera de segurança”, contou o delegado.
Hewerton Kauan foi preso no último dia 3 de dezembro, ele colaborou com a equipe de investigação, relatando quem seria o mandante do crime.
“Israel chegou a ser flagrado pelas câmeras de segurança simulando que não entendeu e não sabia o que teria ocorrido. Entretanto, as investigações estão conscientes e robustas e solucionamos o crime por completo”, disse.
Israel da Silva Assis e João Gabriel da Silva Almeida responderão por homicídio e ficarão à disposição da Justiça.