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Manaus enfrenta a maior seca da história outra vez

Rio Negro alcança marca histórica de 12,66 metros enfrentando a pior seca da história pelo segundo ano consecutivo

Escrito por
Redação
October 07, 2024
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Foto: Bruno Kelly/Reuters

Nesta sexta-feira (04), o rio Negro desceu 11 centímetros e alcançou a marca de 12,66 metros na capital amazonense, segundo registros do Porto de Manaus, ultrapassando o recorde de 12,70 metros registrado em 2023. Ainda na tarde de ontem (03), o rio atingiu a marca de 12,68 metros, conforme o Serviço Geológico do Brasil (SGB), ultrapassando a marca de pior seca da história de Manaus pelo segundo ano consecutivo desde o início da medição do rio Negro há 122 anos.

De acordo com a Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil (Sepdec), na zona urbana de Manaus, dez bairros estão sendo afetados diretamente pela estiagem severa. Entre as comunidades ribeirinhas e rurais, 83 estão sendo afetadas pela vazante dos rios e 46 já estão isoladas. Segundo o boletim estiagem, divulgado pelo Governo do Estado, o Amazonas permanece em estado de emergência desde o dia 11 de setembro devido à estiagem.

Ainda distante do final do período de estiagem, o nível do rio deve continuar descendo e pode atingir níveis ainda menores que 12 metros. Por meio de nota, a Prefeitura de Manaus informou que já deu início a operação de ajuda humanitária, com fornecimento de água e mantimentos a diversas famílias das regiões mais afetadas pela seca.

RECORDE SUPERADO

No ano passado, o Rio Negro atingiu sua pior marca de 12,70 metros no dia 26 de outubro. Já em 2024 a marca foi ultrapassada ainda no começo do mês, dando sinais de que a vazante dos rios tem histórico precoce. A nível de comparação, no dia 4 de outubro de 2023 as águas marcavam 15,02 metros, apresentando uma diferença de 2,36 metros a mais que o registrado neste ano.

PRAIA DA PONTA NEGRA

Entre as medidas adotadas pela Prefeitura de Manaus está a interdição da praia da Ponta Negra, na zona Oeste, para o banho, por 90 dias. A medida é válida desde o dia 17 de setembro deste ano e foi tomada em razão de segurança e de prevenção contra afogamentos – que podem ocorrer devido às alterações no terreno, como buracos, desníveis e depressões. O laudo e levantamento solicitados pela Prefeitura de Manaus ao Serviço Geológico do Brasil (SGB) auxiliaram no embasamento técnico. 

Placas de orientação da interdição foram instaladas pelo Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) para ampla informação aos frequentadores do espaço.

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