As mudanças climáticas presenciados nos últimos meses se tornaram uma forte preocupação para os brasileiros, é o que aponta a pesquisa “Sustentabilidade e Opinião Pública”, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No cenário nacional, as respostas mais comuns foram o aumento de temperatura (92%), menos chuvas (66%) e rios mais secos (55%). Ainda segundo os dados, a percepção sobre a gravidade do aquecimento global também cresceu de 2022 para 2023.
No panorama geral, a população vem notando drasticamente como o aquecimento global influencia de forma direta nas mudanças climáticas. Em 2023, 91% dos entrevistados acreditam que o aquecimento global é um problema grave, e mais da metade (66%) acredita que essa questão tem de ser avaliada imediatamente.
A preocupação da população também se reflete na avaliação da conduta ambiental do país. A conservação do meio ambiente no Brasil é ruim ou péssima para 55%, enquanto 51% consideram que ela é, pelo menos, inferior à de outros países. Para os brasileiros, a maior ameaça ambiental é, atualmente, o desmatamento ambiental (38%), o que representa uma queda de 8% frente à pesquisa de 2022 (46%). As mudanças climáticas e o aquecimento global vêm logo em seguida (23%), assim como a emissão de fumaça e gases poluentes (22%).
Quanto às medidas para o enfrentamento do problema que reflete na esfera social e ambiental, 30% responderam que a prioridade é o tratamento de água e esgoto, seguido pelo combate ao aquecimento global e as mudanças climáticas, com 27%, e ao desmatamento, com 25%. Em 2022, o combate ao desmatamento encabeçava a lista de prioridades para a população.
Em relação à expectativa de o Brasil atingir a meta de redução da emissão de gases do efeito estufa, somente 17% acreditam que sim, enquanto 37% acreditam que não e 36% acreditam que ela será parcialmente cumprida. Junto aos demais países integrantes da COP, o Brasil se comprometeu a reduzir a emissão desses gases em 48% até 2025 e 53% até 2030.