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Lula vai à Bolívia em julho: “sou favorável à democracia”

Parte das Forças Armadas do país orquestraram uma tentativa de golpe contra o governo boliviano

Escrito por
Rhyvia Araujo
June 27, 2024
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Foto: Ricardo Stuckert/ Palácio do Planalto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou que estará na cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra no dia 9 de julho, para prestar solidariedade aos bolivianos pela tentativa de golpe por parte das Forças Armadas que ocorreu no último dia 26. Mesmo diante da crise política no local, o petista declarou que há interesses internacionais sobre o país, que detém uma das maiores reservas de lítio do mundo e outros minerais.

“Quero mostrar para aquela gente que somente a democracia é capaz de fazer com que a Bolívia cresça”, comentou o presidente em entrevista. “Na Bolívia tem a maior reserva de lítio do mundo e tem outros minerais importantes, além de ter gás. Então a gente precisa ter em mente que [tem gente que] tem interesse em dar golpe”, disse Lula.

Na quarta-feira, 26, parte das Forças Armadas do país orquestraram uma tentativa de golpe contra o governo boliviano, após o presidente Luis Arce ter destituído o comandante do exército, general Juan José Zúñiga, por ameaçar prender o ex-presidente Evo Morales. Ele foi preso horas depois.

“Eu sou contra o golpe, sou favorável à democracia e por isso eu vou lá para fortalecer o Arce, a democracia e mostrar para os empresários que é muito importante que se mantenha a Bolívia governada democraticamente”, reforçou o mandatário. 

No fim da tarde, o governo brasileiro divulgou nota condenando a tentativa de golpe. O Ministério das Relações Exteriores disse que os fatos “são incompatíveis com os compromissos da Bolívia perante o Mercosul”. A nota também reiterou o apoio do Brasil ao presidente boliviano. O presidente Lula também já havia se manifestado nas redes sociais.

Além de Juan José Zúñiga, ao menos outros 10 militares foram presos por participação na tentativa de golpe. Arce convocou os bolivianos a se mobilizar contra uma tentativa de “golpe de Estado” e nomeou um novo comando militar horas depois de ter pedido respeito à democracia ao denunciar “mobilizações irregulares” de militares em frente ao Palácio Queimado, a sede presidencial em La Paz, na Praça Murillo

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