O descarte irregular de lixo e resíduos na Avenida do Samba, em Manaus, após as festividades carnavalescas, levou o Ministério Público do Amazonas (MPAM) a abrir uma investigação para apurar a situação. O acúmulo de sujeira no entorno do Sambódromo, deixado pelas agremiações, tem gerado preocupação ambiental e urbana, levando a 63ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção e Defesa da Ordem Urbanística (Prourb) a instaurar um Inquérito Civil.
A medida foi tomada após denúncia da Secretaria de Estado de Cultura do Amazonas (SEC) e busca identificar possíveis omissões por parte da Liga Independente das Escolas de Samba do Amazonas (Liesa) e da União das Escolas de Samba do Amazonas (Uesam). O principal objetivo da investigação é garantir que o espaço público não seja prejudicado pelo acúmulo de lixo, assegurando a qualidade de vida da população e a preservação do ambiente urbano.
O promotor de Justiça Paulo Stélio Sabbá Guimarães, responsável pelo inquérito, destacou que, além dos impactos ambientais, o lixo acumulado na via compromete o direito de ir e vir dos cidadãos. “A sujeira deixada após os desfiles carnavalescos representa uma irregularidade tanto ambiental quanto urbanística, pois impede a circulação segura das pessoas. Solicitamos mais informações dos órgãos responsáveis e vamos acionar a SEC para entender a extensão do problema”, explicou.
O MPAM requisitou esclarecimentos da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), da Liesa e da Uesam sobre as providências que serão tomadas para resolver o problema. Caso as medidas adequadas não sejam adotadas, a SEC poderá aplicar sanções com base no regulamento dos desfiles carnavalescos.
O Diário da Capital solicitou posicionamento dos órgãos citados na reportagem, mas até o momento não recebeu retorno. O espaço segue aberto para manifestação.