Durante uma caminhada espacial recente, uma bolsa de ferramentas se desprendeu da Estação Espacial Internacional (ISS), adicionando mais um item à crescente quantidade de lixo espacial em órbita ao redor da Terra. O objeto, catalogado como 58229/1998-067WC pela Força Espacial dos EUA, foi identificado como uma "bolsa de trava da tripulação".
A ocorrência aconteceu em 2 de novembro, quando as astronautas Jasmin Moghbeli e Loral O'Hara realizavam uma atividade extraveicular (EVA) de sete horas para reparos em um painel de matriz rastreadora solar. Durante os procedimentos, a sacola se soltou e foi lançada ao espaço.
Em uma conferência de imprensa, Dana Weigel, vice-gerente do programa da ISS, tranquilizou o público, afirmando que a sacola continha apenas "algumas amarras e coisas como soquetes de ferramentas". Ela destacou que os itens são bastante comuns e não representam um risco significativo.
A trajetória orbital da bolsa foi analisada, e o Controle da Missão determinou que há um baixo risco de "recontato" com a ISS. A bolsa de ferramentas deve permanecer em órbita até março de 2024, quando a previsão é que reentre na atmosfera terrestre. Devido ao seu tamanho, espera-se que o equipamento se desintegre ao atingir a altitude de 113 quilômetros acima da superfície terrestre.
Para os observadores do espaço, a boa notícia é que o brilho do objeto foi classificado como magnitude estelar +6, o que significa que pode ser observado com binóculos e até mesmo a olho nu durante a reentrada em março de 2024. Basta localizar primeiro a ISS e apontar o dispositivo óptico para a frente, já que a bolsa está viajando à frente da estação espacial.