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Justiça da Inglaterra inclui a Vale como ré na ação coletiva por rompimento da barragem de Fundão

Companhia tem até 10 de novembro para apresentar defesa

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August 08, 2023
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A Justiça da Inglaterra incluiu a Vale como ré na ação coletiva que cobra indenização de R$ 230 bilhões para as vítimas do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). A companhia tem até o dia 10 de novembro para apresentar a sua defesa no processo.

A inclusão da Vale nesse caso atende pedido da BHP Billiton, contra quem a ação foi movida inicialmente e, até ontem, figurava como única ré no processo. A empresa anglo-australiana divide com a Vale o controle da Samarco - dona da barragem que rompeu em Mariana.

Em comunicado publicado nesta segunda-feira, a Vale afirma que "a companhia e seus consultores jurídicos considerarão cuidadosamente os elementos da decisão e apresentarão as medidas cabíveis no processo".

A ação coletiva foi movida por um grupo de cerca de 20 mil pessoas que foram afetadas pelo rompimento da barragem de Fundão. O acidente, ocorrido em 5 de novembro de 2015, liberou cerca de 3 milhões de metros cúbicos de lama de rejeitos de mineração, causando a morte de 19 pessoas e a destruição de cerca de 800 casas e 200 empresas em Mariana e na cidade de Bento Rodrigues.

A ação coletiva pede indenização por danos morais, materiais e lucros cessantes. Os autores da ação alegam que a Vale e a BHP Billiton foram negligentes na construção e manutenção da barragem, e que não tomaram as medidas necessárias para evitar o acidente.

A Vale e a BHP Billiton negam as acusações e dizem que o rompimento da barragem foi um acidente. As empresas afirmam que estão comprometidas em indenizar as vítimas do acidente e que estão trabalhando para reconstruir as comunidades afetadas.

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