O julgamento de Alec Baldwin, que enfrentava acusações de homicídio culposo pela morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins, foi anulado nesta sexta-feira (12) pela juíza Mary Marlowe Sommer. A decisão veio após os advogados de Baldwin argumentarem que evidências cruciais foram retidas pelas autoridades.
A juíza Sommer concordou com a defesa, afirmando que as provas haviam sido “enterradas” pelas autoridades. Segundo ela, o Estado ocultou informações que poderiam beneficiar Baldwin, comprometendo a integridade do processo judicial.
“Não há como o tribunal corrigir esse erro”, declarou a juíza ao anunciar a anulação do julgamento.
O julgamento teve início na terça-feira (9), em um tribunal no Novo México. Baldwin era acusado de homicídio culposo após um disparo acidental que matou Hutchins no set do filme “Rust” em 2021. Durante o ensaio de uma cena, Baldwin apontou uma arma para Hutchins que disparou, resultando em sua morte. O ator sempre sustentou que não sabia que a arma estava carregada e que não havia puxado o gatilho.
De acordo com a agência Reuters, durante o terceiro dia do julgamento, a defesa de Baldwin alegou que o gabinete do xerife de Santa Fé havia apreendido munições reais, mas não as incluiu no arquivo de investigação do caso “Rust”, nem comunicou sua existência à defesa. “Isso foi escondido da gente”, declarou Alex Spiro, advogado de Baldwin.
O jornal The Guardian relatou que a juíza Sommer concluiu que a ocultação das provas impossibilitou a correção do erro judicial. A juíza já havia dispensado os jurados antes de declarar a decisão final.
No tribunal, Baldwin demonstrou alívio ao ouvir a decisão, sorrindo e abraçando sua esposa, Hilaria Baldwin, enquanto segurava as mãos de sua filha, Elizabeth Keuchler. Ele chorou visivelmente emocionado após a anulação do julgamento.