<p>A crise no setor varejista tem causado impacto nos fundos imobiliários que possuem imóveis alugados para grandes empresas do ramo. Algumas dessas empresas, como Americanas, Tok&Stok e Lojas Marisa, estão deixando de pagar seus aluguéis, o que pode afetar o retorno dos cotistas que investem em um dos onze fundos imobiliários expostos a elas.</p>
<p>A Americanas é a empresa que mais tem afetado as receitas dos fundos imobiliários. A varejista já devolveu cerca de 20% dos galpões usados para e-commerce este ano. Além disso, a empresa está em recuperação judicial, o que facilita para os fundos imobiliários entrarem com pedido de despejo ao menor sinal de pagamento.</p>
<p>A Tok&Stok também teve problemas com seus aluguéis. Em fevereiro, a empresa recebeu uma ordem de despejo devido à dívida do aluguel do seu principal centro de distribuição locado pelo Vinci Logística FII referente ao mês de janeiro.</p>
<p>A Lojas Marisa também não pagou o aluguel do imóvel locado junto ao fundo imobiliário Brasil Varejo (BVAR11), administrado pela Rio Bravo. A dívida é referente ao mês de janeiro com vencimento em fevereiro.</p>
<p>Essa situação tem afetado não só as empresas em questão, mas também os investidores que possuem ações dessas companhias. A Marisa e a Americanas acumulam perdas significativas no ano, de 49,6% e 89%, respectivamente, enquanto o Ibovespa, índice do qual as companhias não fazem parte, acumula queda de 5% no mesmo período.</p>
<p>Apesar de analistas apontarem que o movimento não representa uma crise estrutural no setor, é importante que os investidores fiquem alertas e diversifiquem seus investimentos em FIIs. É necessário avaliar bem as empresas que compõem a carteira dos fundos imobiliários antes de investir, para evitar prejuízos no futuro.</p>