Entre o final de maio e o início de junho deste ano, o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) distribuirá 400 mil sementes de cacau entre 900 agricultores familiares de 41 municípios amazonenses. A iniciativa, resultado de uma parceria entre o Idam e a Comissão Executiva do Plano da Lavoura de Cacau (Ceplac), visa fomentar a cultura da fruta no estado.
A distribuição prevista para este ano é 6,3% superior à registrada em 2023, quando 376 mil sementes foram entregues a 800 agricultores locais. Entre os municípios beneficiados estão Apuí, Barreirinha, Borba, Manicoré, Novo Aripuanã, Urucurituba, Nova Olinda do Norte, Coari, Canutama e Lábrea, que integram o Projeto Prioritário (PP) do Cacau do Idam.
Segundo o diretor-presidente do Idam, Vanderlei Alvino, a atividade visa gerar mais oportunidades de trabalho e renda ao produtor, fortalecendo a cultura do cacau no Amazonas. Ele destaca que o número de agricultores beneficiados pela iniciativa vai expandir 12,5% em relação a 2023, chegando a 900 neste ano.
As sementes, oriundas de um campo de melhoramento genético da Ceplac instalado na cidade de Medicilândia, no Pará, começam a ser distribuídas aos agricultores amazonenses na última semana de maio e início de junho. Os agricultores cultivarão mudas para serem plantadas no início do próximo inverno amazônico, entre os meses de dezembro e janeiro.
A distribuição das sementes foca na conservação florestal, podendo ser cultivadas em áreas degradadas com o uso de tecnologias ensinadas pelos técnicos do Idam aos agricultores familiares. A cultura do cacau também é vista como benéfica para a Região Amazônica, pois reduz o desmatamento e os incêndios, com a introdução dos sistemas agroflorestais.
Atualmente, o preço da tonelada de cacau gira em torno de US$ 11 mil, uma vez que os principais produtores da fruta enfrentam problemas para atender a demanda do mercado. Assim, o Idam tem disponibilizado Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) aos produtores, trabalhado intensamente com o PP do Cacau no Estado e atuado no combate à monilíase, doença que compromete a produção da fruta, para que o Amazonas volte a atender outros mercados.